terça-feira, 4 de setembro de 2018

Se Deus deixar, podem contar comigo



Por: Costa Pereira Portugal, minha terra

Chegou o dia 1 de Setembro, o qual a juventude que na Bajouca, e não só, nasceu em 1938,  escolheu para este ano festejar o evento com o tradicional almoço-convívio servido no Café-Restaurante Ka-Te-Kero da Isabel dos 13.
Já há um bom pare de anos que sou cliente, e embora nascido nas faldas do Marão, e sopé de Nossa Senhora da Graça (Monte Farinha) posso dizer que a capital do barro leiriense é bem mais que a minha segunda terra-mãe pois aqui por casamento estou ligado de alma e coração.
O que quer dizer que me considero em família e membro da comunidade bajouquense. Feita a introdução vamos à reportagem que começa por volta das 13h00, com a chegada dos que comigo faz este ano “dois carro”, como se dizia dantes na minha terra. Dois carros dado que cada carro corresponde a 40 arrobas ou alqueires, e portanto “dois caros” quer dizer 80 anos. É que na Bajouca já ouvi falar de “móios” , que para mim é latim. Mas pelos vistos dizem corresponder a sessenta medidas. Cada terra com seu uso e cada roca com seu fuso.
Com a juventude vem também algumas muletas, eu trouxe a minha que veio o ano passado, gostou e cá a tenho uma vez mais comigo. Esta sim, é bajouquense de gema. O meu vizinho de frente, além da Luzia, trouxe também o Nuno, seu filho, como condutor e seguro companheiro da mãe.
Éramos 32 comensais, mas "aneiros" de 1938 apenas 15, entre homens e mulheres. O restaurante que neste dia entrou de férias até ao próximo dia 16, esteve por nossa conta graças à simpatia e consideração que a Isabel tem por este grupo de clientes seus, daí se disponibilizar para nos atender. Bem haja.
Além do pároco, Sr. Padre Davide Gonçalves, também esteve presente o Sr. Padre Melquiades, e antes do início do almoço o Sr. Silvino fez as merecidas referencias aos últimos quatro companheiros que este ano deixaram de fazer parte da nossa companhia terrena, e de seguida abençoou a mesa.
Com o Sílvino Cabecinhas e o “Ferreirito” na organização desde a primeira hora, as promessas de alguns que depois falham, começam a fazer moça e a desanimar quem com os anos vai perdendo a paciência por muita boa vontade que tenha.
Mas mesmo assim já ficou marcado outro para o próximo ano, no último sábado de Agosto esperamos que a Isabel não se esqueça de o marcar. E se Deus deixar, podem contar comigo.

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