BARREIROS MARTINS - Diário do Minho
Prof. Cat. Emérito, Jubilado da Universidade do Minho
Donald Trump finge que não gosta de
Putin, mas convida-o e recebe-o na Casa Branca. O que vão tratar não sabemos,
mas desconfiamos. As novas eleições para PR dos EUA já não estão distantes e é
preciso tratar das coisas com tempo. Têm de se repetir os resultados das
últimas. Entretanto, é preciso que os meios “trumpistas” de Comunicação Social,
dentro e fora dos EUA, “mostrem por A+B” que Putin não interferiu nas últimas para
PR dos EUA. Na vinda à Europa Donald Trump, depois de dar algumas machadadas na
NATO e até na Merkel e uns elogios ao BrEXIT, aproveitou a oportunidade para,
“em campo neutro” (Helsínquia), dizer ao Putin que não precisa nada dele e que
a Rússia até é inimiga dos EUA. O cúmulo do fingimento, bem se vê. Em “voo
picado” para as novas eleições, Donald Trump abre uma guerra com todo o mundo,
para defender os postos de trabalho de todos os americanos e todas as empresas americanas
que fabricam nos EUA: “AMERICA FIRST” a todo o vapor. Aplica taxas elevadas a
tudo o que é importado da China, da Europa e até do Canadá. Tenta expulsar as
empresas estrangeiras que trabalham nos EUA, etc. etc. Quanto ao Irão, Trump
risca o acordo nuclear que os EUA têm com ele e ameaça esse país com sanções económicas:
impedir empresas europeias e outras de comprarem petróleo ao Irão, impondo-lhes
sanções. Refinarias europeias e japonesas já deixam de comprar ao Irão.
O Irão
ameaçou bloquear a passagem marítima no Estreito de Ormuz em retaliação pelo
boicote dos EUA às suas exportações. O preço do barril de petróleo sobe. Claro que
Trump sabe o n.º de votos que pode obter dos judeus que vivem nos EUA. Por
isso, mudou a Embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém, provocando a ira
dos palestinianos. Isso também foi um golpe sobre o Hezbollah, filial do Irão
na Palestina. Quanto à Coreia do Norte, Donald Trump defendeu na TV que “o
mundo está mais longe de uma “catástrofe nuclear”, após a sua reunião com o
líder norte-coreano, Kim Jong-un, em Singapura”. Eos meios “trumpistas” de
comunicação anunciam que “o essencial do desarmamento nuclear” da Coreia do
Norte ocorrerá até ao final do mandato de Donald Trump. Vladimir Putin não é um
jogador menor. Putin, Erdogan e Rohani do Irão, “de braço dado” na Turquia,
debatem o futuro e a reconstrução da Síria (que papel resta à União Europeia?).
Mas, “por detrás da cortina” combinam formas de fazer face às ameaças de Trump.
Erdogan promete comprar petróleo russo e iraniano, de alguma forma. Claro que
os “três da vida airada” estão interessados na desagregação da Europa, mais o
Trump. Será que a Merkel consegue dar a volta a este esquema? Putin, que foi o elemento
mais preponderante da KGB de Estaline, investiu há meses muitos milhares de
euros no FSB, nome que a KGB tem agora. E anunciou isso na TV russa. O FSB tem
meios cibernéticos invejáveis, etc. etc..
E já se vêem bem os efeitos.
Internamente apanha as conversas secretas dos seus principais adversários e
manda-os para a cadeia, de quando em vez, para
mostrar ao Mundo que é um bom
“democrata”. Também com isso conseguiu iludir o Zé Povo russo sobre a
necessidade de ser ele, Vladimir Putin, a nomear os governadores de todas as
províncias russas, em vez de serem as populações locais a elegê-los, como era
antes. Externamente intervém secretamente em todas as eleições europeias e não só.
Acessoriamente também consegue matar por envenenamento os seus adversários que se
escapam para o Reino Unido. Recep Tayyip Erdogan tem um “estilo” diferente, em
acções semelhantes: Consegue fazer propaganda eleitoral a seu favor dentro da
própria Alemanha onde vivem muitos milhares de turcos, usando um famoso jogador
de futebol alemão, mas de origem turca. Isto depois de “oficialmente” ter declarado
que, como “dono” da Turquia, tinha o direito de fazer propaganda eleitoral
dentro da Alemanha, onde vivem muitos milhares de turcos, o que levou a fortes
protestos da Merkel. Erdogan,
com a desculpa de fazer face ao único
opositor de relevo, Fethullah Gülen, que se refugiou nos EUA para não ser
morto, já mandou fuzilar uns largos milhares de militares, polícias e até
juízes, pressupostamente seguidores de Gülen. De tal modo que, recentemente, até
se declarou “dono” vitalício da Turquia, por “grande desejo do Povo Turco”.
Onde chega o cúmulo do descaramento!!!
Erdogan tenta matar curdos em “tudo quanto é sítio”. Os curdos ocupam há milénios
uma parte nordeste da Turquia que representa 1/3da área desse país. Além disso,
a maior parte dos curdos vive do outro lado da fronteira entre o Iraque e a
Turquia. Erdogan, não só não fornece o mínimo de apoio sanitário aos curdos que
vivem miseravelmente dentro da Turquia, como manda bombardear as aldeias dos
curdos que vivem dentro do Iraque. Depois, Erdogan “admira-se” que o PKK
(partido curdo) que ele expulsou do “Parlamento” turco, tenha actividade
guerrilheira contra ele. A “filial” do PKK no Iraque (os pesh mergas) foi
fundamental na guerra contra os terroristas muçulmanos do ISIL no Iraque. A
“filial” do PKK na Síria, o YPG, também foi fundamental na guerra contra os
terroristas muçulmanos do ISIL na Síria. Erdogan mandou bombardeá-los e as
tropas turcas até atravessaram a fronteia com a Síria para os atacar. Mas, Erdogan
diz na TV, para todo o Mundo, que é contra os terroristas muçulmanos do ISIL.
Porém, a mulher do Erdogan aparece em público, com um rico traje muçulmano…
Por cá também temos maquiavelismo. O 1ºM
é especialista nisso. Passou toda a legislatura em “campanha eleitoral” junto
com o seu séquito. Os sábados e domingos, pelo menos, não servem para outra
coisa, com ajudas de custo pagas pelo Zé. E consegue levar a “Comunicação Social”
atrás dele (paga-lhe bem?). Depois, “martelam” os ouvidos dos ouvintes, dia e
noite, com as figuras e as “VERDADES” do Governo. E, como bem se sabe, essas
“VERDADES”,1.º estranham-se e depois “ENTRANHAM-SE”. A seguir vêm os ferozes
vómitos do J e seus acompanhantes, e do BE, que são só “Bluff”. Na hora de votar,
votam a favor da “Geringonça”, porque o J segue à risca os dizeres e fazeres do
Cunhal: “Tudo tem de ser feito para que a DIREITA não volte ao poder”.
O resto é paisagem. Claro que neste
período pré--orçamental é indispensável fazer mais umas quantas greves, que
muito prejudicam alunos e famílias, para ver se o responsável das Finanças,
arranja mais uma maneira de ir aos bolsos dos Contribuintes, aqueles que realmente
trabalham, buscar mais dinheiros para meter nas mãos dos das “Manifs”, aqueles que
nada fazem e tudo comem.
Entretanto, R. R. tem feito algumas
denúncias da situação nos campos da Saúde e da Economia, mas nada na podridão
do ENSINO Básico e Secundário, o qual é fundamental na “formação” de um
verdadeiro cidadão.
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