Em 1981, Francisco de Sá Carneiro acabou
com o conhecido “papel azul” ou de “25 linhas”. E não acabou por acaso.
Percebeu que quanto mais burocrático era um país, mais corrupto se tornava. E
para qualquer situação, o “papel de 25 linhas” era o tal. Requerimento para
aqui, requerimento para ali. Quem tem memória pode verificar que esta simples
operação tomada pelo governo da então Aliança Democrática, levou o país,
durante duas décadas, a um desenvolvimento moral e ético, até então nunca
vistos.
Mas para sustentar esta questão,
basta-nos a descrição de uns momentos do Diário Russo de Steinbeck, acerca do
funcionamento de um restaurante na antiga União Soviética, em 1947 (p.22):
“ Dado que na União Soviética tudo, toda e qualquer transacção, está sob a
alçada do Estado, o sistema de contabilidade é gigantesco. Assim, o empregado
de mesa, quando recebe um pedido, regista-o com muito cuidado num livro. Mas a
seguir não vai transmitir o pedido. Vai ter com o guarda-livros, que faz um
novo registo relativo à comida que foi pedida, e emite um talão que vai para a
cozinha. Aí é feito um novo registo e pedido um determinado prato. Quando o
prato está pronto, é feito um novo registo do prato noutro talão, que é
entregue ao empregado de mesa. Mas este não leva o prato para a mesa. Pega no
talão e vai entregá-lo ao guarda-livros, que faz uma nova anotação de que o
prato foi preparado de acordo com o pedido, e dá outro talão ao empregado de
mesa, que então volta à cozinha, e leva o prato para a mesa, anotando no seu
livro que o prato que foi pedido, que foi registado e que foi entregue, está
agora, finalmente na mesa”.
O tempo que se perde com isto! E as patifarias
que daí advêm.
Ora este sistema que Sá Carneiro
triturou e que deu prosperidade ao país durante duas décadas foi, em 2005, de
novo, implantado em Portugal, por um bando que patrulhou o país como quis. Com
José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues (e os seus dois macabros secretários de estado) no comando. E ficou implantado até
hoje.
Maria de Lurdes Rodrigues, Pedreira, Walter Lemos e José Sócrates |
O Senhor Presidente da República sabe muito bem do que se fala, a gente decente que ainda existe neste torrão peninsular, também.
Portanto, se querem que o país avance,
deixem-se de merdas!…
Actualizado a 29/08/ XVIII
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