Por: Costa Pereira Portugal, minha terra
Pois! O problema é esse.
Há mais Marias na terra, e como acontece com o peixe, que pela boca é que se
pesca ou deixa pescar também com a história das terras acontece o mesmo e no caso
de Mondim é preciso ter muita atenção ao que se diz e escreve para se não meter
água. Como Ermelo, ou Ermelo do Marão, também entre a serra do Soajo e o rio
Lima existe outro Ermelo consagrado a São Bento e com remoto mosteiro
cisterciense datado do seculo XIII.
Não quero pôr em dúvida o
que se tem dito e escrito sobre a história desta nossa distinta terra que D.
Sancho I dotou com carta foralenga, mas nada de inventar ermidas que frades
beneditinos nas arribas das Fisgas terão guiado quando nada há que garanta esse
facto para se poder afirmar. Vem isto na sequência de um arrazoado que li e
onde dá como seguro que D. Nuno Álvares Pereira ou São Nuno de Santa Maria, caçou
em terras deste concelho, eu não vi, e por isso não posso garantir. Conta ainda
que “D. Manuel I exilou em Atei as «Freiras» revoltosas do Convento de Santa
Clara de Vila do Conde. Ainda hoje a povoação escolhida se chama «Freiras»
(cerca de 1500). – E adianta muito a propósito que “Mondim fez o mesmo ainda há
pouco tempo com as freiras que trabalhavam no Hospital da Misericórdia”. Somos
assim, respeitamos as tradições…, nem sempre as melhores. Boa malhe e uma
grande verdade esta, em tempo dito de democracia.
Mas isto só para lembrar: há mais, Ermelos e
Celoricos além dos de Basto. Também, é bom não esquecer que Santa Senhorinha
que dizem terá nascido em Vilar de Cunhas, outros em Atei, como quem diga que
fora em Vieira do Minho, seja onde tenha sido, o certo é que faleceu na
freguesia a que deu seu nome no concelho de Cabeceiras de Basto. E com seu
irmão São Gervásio e Santa Godinha ali juntos estão sepultados. Em tempos nunca
ia à minha região sem visitar estes bem-aventurados, assim como Frei Bernardo
de Vasconcelos, na igreja de São Romão do Corgo.
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