segunda-feira, 30 de julho de 2018

Faleceu D. António Rafael


Por: Costa Pereira Portugal, minha terra
                        Falar disto e daquilo


Conheci-o nos tempos em que se tornou famoso pelas verdades que sempre propagou e defendeu. O que lhe valeu, por isso, não merecer a simpatia de certa “elite” politiqueira da nossa praça pública. Mas nem por isso se intimidou e levou a pousar a arma com que sempre lutou em defesa dos valores cristãos e daqueles que se dizem sê-lo e na prática são como os outros…Morreu ao 92 anos este que foi bispo da diocese de Bragança-Miranda. Natural de Paradinha (Moimenta da Beira) e diocese de Lamego, D. António José Rafael, nasceu a 11/11/1925 e faleceu em Bragança, a 29 de Julho de 2018. Foi ordenado sacerdote a 22/8/48 e elevado ao episcopado a 13/2/1977, na Sé de Lamego, e a 1/3/79 foi nomeado bispo de Bragança-Miranda, da qual tomou posse a 24/3/79. Resignou a 13/6/2001.
Foi na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa que com ele privei em festa organizada por essa prestigiada associação regional que teve o seu epicentro no recinto da ex - “feira popular”, em Entrecampos. Ali vi um bispo que sem perder a sua condição de pastor, conviver com todos que no recinto se aproximavam dele, e eram às centenas. Foi dos que previu a banca rota do país, ainda com Soares no governo, e com razão avisou os emigrantes: “A sua discordância com a governação de Mário Soares, enquanto primeiro-ministro, foi ao ponto de apelar aos emigrantes portugueses para não enviarem as suas poupanças para Portugal, porque o dinheiro cairia “num saco roto”. Quem não acreditou lixou-se. Também discordou da atribuição do prémio Nobel da Literatura a José Saramago, mas não foi só ele, muitos mais portugueses, até porque havia quem muito mais importante nas letras lusas merecesse ser proposto e não foi.
Porque um dia expulsou os jornalistas que discordavam da sua doutrina de verdade pura e crua, ganhou o cognome de “bispo polémico” e de estar a ir “muito além do que à Igreja diz respeito”. Estes, os mesmos que dantes diziam que o Cardeal Cerejeira, porque não falava, estava com Salazar. Ricos jornalistas, ou jornaleiros, estes. Mas pronto, D. António Rafael já deixou de falar, e amanhã após a Missa Exequial que terá lugar às 16h00 será sepultado no átrio dos Bispos na Catedral de Bragança.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Uma ideia peregrina