Se é certo que sempre que
vou à capital do barro leiriense não raro me confronto com um funeral, vale
dizer que também os nascimentos por norma compensam as perdas daqueles que a
morte rouba do nosso convívio.
Pegando no Elo da Bajouca,
do mês de Maio, recolhemos a informação que disso nos dá conta, quando na sua
2ª Página ao anunciar "Novos Filhos de Deus" faz saber: no dia 1,
Carminho Morgado da Fonseca, filho de António Gaspar Fonseca e Ana Catarina
Neves Morgado, da Bouça de Cá. No dia 13 Valentim Manuel Santos, filho de
Ricardo Miguel Santos e de Eulália Catarina Ramos. Bem preciso é que as
famílias numerosas que foram timbre doutrora nas nossas aldeias, vilas e
cidades repensem e voltem de novo a enriquecer o agregado familiar com filhos
amorosos e bem formados, capazes de pôr travão a este resvalar da sociedade
para o abismo a que a classe política nos tem forçado caminhar, deixando os
jovens empobrecidos e sem condições para assumir uma paternidade condigna e
responsável como foi prática e tradição das famílias portuguesas ainda não há
muitas décadas.
As políticas educacionais
saídas desta governação ao não ter o consenso quer do professorado quer dos
familiares dos utentes está reprovada logo à partida, e de nada vale virem os
artistas de palavras feitas tentar iludir o zé pagado, porque só não vê quem
não quer ou está do lado dos mentirosos. Quem diz que o António Costa é um
político muito hábil, mostra estar do seu lado, e logo não tem coragem de
aproveitar o tempo a antena nem jeito falar ou para escrever, pondo a nu o que
foi o seu comportamento no decorrer da tragédia dos fogos florestais, da
atitude dos partidos ditos de esquerda e dos sindicatos quando uma vez com
tacho assegurado nunca mais tossiram nem mungiram só para ver Passos Coelho
destituído do lugar para que foi eleito, e que o António Costa de derrotado
passou a vencedor por si sozinho eleito. Os portugueses são de memória curta, e
os nossos políticos sabem-se aproveitar disso. Até um dia.
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