A
vida de Cândida Ventura é um notável exemplo de coragem. Militante do Partido
Comunista Português desde os anos 30, foi uma das primeiras mulheres a ocupar
cargos de destaque no Comité Central. Viveu na clandestinidade, conheceu as
agruras da prisão, e, desde cedo, teve também problemas disciplinares no seio
do partido, por pensar pela sua cabeça e expressar as suas opiniões.
Representante do PCP na Checoslováquia, durante os anos 60, foi testemunha da
Primavera de Praga e da ocupação soviética. Desde então consagrou a sua luta a
denunciar as ilusões do «socialismo que viveu», acabando por abandonar o
partido nos anos 70. Publicada pela primeira vez nos anos 80, reedita-se agora
esta obra, um testemunho imprescindível para a compreensão da História do século
XX, com um novo capítulo da autora, «O Que Faltou Dizer».
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