Por: Costa Pereira Portugal, minha terra
E pronto, já entramos no
Verão e o calor misturado com chuva e forte trovoada, este ano deu-lhe para se
não com fogos, fazer os mesmos e piores estragos. Agora no Douro e em
Trás-os-Montes. Vila Real, Lamego e Chaves foram as terras que desta vez
pagaram as favas. Uma coisa é verdade e dela já a seu tempo fiz referência.
Somos um país privilegiado, mas muito inconstante. Nada se pode programar
porque o tempo estraga-nos os planos feitos a longo prazo. Quem supunha que o
ano passado fossem os fogos a estragar o São João, e um ano depois o mesmo
acontecesse com a chuva e trovoada? Claro que ninguém com cabecinha assente
sobre os ombros.
Sou dos que me deixo
convencer que é melhor não incomodar que ser incomodado e para isso evito não
fazer ondas quando a água está silenciosa e nem a brisa provoca a mais leve
beliscadela. O tempo é mestre e ensina-nos muito, assim nós queiramos aprender.
Estou a lembrar-me do que valeu um dia nas Fisgas de Ermelo com o meu amigo Dr.
Manuel da Silva Pegado tomar um trilho que me pareceu ser carreiro, ali ao pé
da “pedra amarela” (parque-miradouro), e feito guia segui até onde o carreiro
terminou. O pânico tomou conta de mim, e sem fazer alarde lá me consegui
desenvencilhar do drama, que eternamente se alojou na mente. Mas curioso.
Falando neste meu drama ao Dr. Pegado, ele nem disso se lembra. O que nós somos
e as diferenças de sensibilidades que existem.
Cada um sente as suas e o
resto são cantigas. Achei piada ao me deter numa notícia recente em que a deputada
Maria Manuel Rola, do BE, ficou furiosa por a Entidade Reguladora para a
Comunicação Social (ERC) vir a terreiro defender que “ as corridas de touros à
portuguesa constituem uma parte integrante da herança cultural lusa, que o
Estado tem a incumbência de promover e proteger”. Já ser a favor do aborto e da
eutanásia, a sensibilidade dos mais velhinhos e das pessoas que pensam de modo
diferente não contam nada. Há pobres “esquerdelhos” e quem vai na vossa
cantiga! A mim não me enganais vós. E não me venham com essa de que sou
fascista, só porque não vou em cantigas brejeiras
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