Os irmãos Metralha roubando a Caixa Forte do Tio Patinhas |
BARROSO da FONTE |
O regulamento
deveria contemplar nuances, como:
qual ou quais as classes que mais se corromperam; que montantes «voaram» e para
que paraísos; quantos crimes foram descobertos; quantos «amigos do alheio»,
foram apanhados e julgados; que volume de dinheiros públicos foi recuperado;
quantos se encontram a contas com a justiça; quantos se encontram presos;
quantos apanharam pena suspensa, etc, etc.
Trago este assunto
ao diálogo com os meus leitores que certamente gostariam de desabafar, comigo
ou com outros que estão irritados, desiludidos e receosos. Mas por não terem
propensão para a má-língua, com medo das novas formas de censura ou por receio
de perderem o emprego, sofrem, em silêncio, o maior flagelo da sociedade
portuguesa.
Há três
jornalistas portuguesas, todas mulheres jovens, destemidas e dispostas a correr
riscos de vida, todas mais novas do que eu, com as quais tenho aprendido muito:
cito-as merecidamente e saúdo-as para que teimem em descobrir a careca aos
salafrários que roubam como quem faz desse crime um ato de fé. São elas: Ana
Leal, Felícia Cabrita e Sandra Felgueiras. Não conheço, pessoalmente, nenhuma
delas, embora saiba que pertencem à agremiação dos jornalistas encartados que
eu consulto regularmente, para ver se suspendem a profissão, por qualquer
processo judicial ou intimidação de políticos alvejados.
Ana Leal, na TVI,
esgrimiu no último dia 13, sexta-feira, dia das Bruxas, em Montalegre, dois
temas escaldantes: os «Meninos do Reino de Deus» e o incêndio do Pinhal de
Leiria que já estará a ser averiguado pela Polícia Judiciária. Quem viu as
imagens e as provas do crime, não pode deixar de felicitar a jornalista que vai
incomodar muita gente.
A Sandra
Felgueiras foi, há cerca de um mês, distinguida pela Sociedade Portuguesa de
Autores, como jornalista de investigação exemplar. Foi a melhor resposta que
Sandra Felgueiras devolveu a políticos arrogantes que a acusaram, em comunicados
e no jornal Planalto Barrosão, da «compra» e «venda» de reportagens, a
propósito daquilo que a RTP passou dia 6 de Outubro sobre as eleições
autárquicas em que no concelho de Montalegre foram aliciados cerca de mil e tal
emigrantes. Felícia Cabrita, também na TVI e no Jornal «Sol» tem produzido
relatos de grande impacto, mostrando que o país tem vindo a exceder as raias
daquilo que o País deverá ser em termos de ética, de reconciliação e de
honestidade democrática
No mesmo dia 13,
em manchete, leu-se no JN que o comandante da GNR do destacamento de Santiago
do Cacém foi condenado a 4 anos e meio de cadeia «por chicotear detidos
algemados, suspeitos de assaltos, no verão de 2011». As agressões aconteceram
na madrugada de 22 de Junho. Tinham idades entre os 21 e 28 anos e tinham
furtado carros em Santiago do Cacém e em Vila Nova de Santo André, onde também
furtaram uma máquina de tabaco». Quem leu toda a página 16 do JN fica a saber
que só em 2013 o inquérito foi aberto porque um dos detidos, esteve preso na
cadeia de Setúbal e, através do diretor da cadeia, o caso foi comunicado à
hierarquia da GNR. Mas esse processo foi arquivado por falta de indícios. E
terá sido o Tribunal da Relação de Évora que mandou reabrir o caso. Em Janeiro
de 2012 os quatro detidos foram condenados pelos crimes de furto simples e
qualificado, dano e consumo de estupefacientes, o que significa que não eram
quatro cidadãos exemplares. Contudo o Presidente do coletivo de Juízes, durante
a leitura do acórdão, declarou que «podem ser homicidas e violadores da pior
espécie, mas aquando da sua detenção têm sempre uma aura intocável de direitos
que nenhum organismo do Estado pode violar».
No dia em que esta
polémica sentença me deixa apreensivo, chega-me online «a
lista dos 9 maiores devedores que afundam a Caixa Geral de Depósitos».
Aí se remete para o Boletim nº 54 de 2017, da PJ informação demonstrativa a corrupção em Portugal. E é esse site que fornece o total de 912,l milhões de euros que permitem a esses nove felizardos, viverem na fresca ribeira. São eles: o Grupo Artlant (com 476,4 milhões), o Grupo Efacec (303,2 milhões), Vale de Lobo (282,9 milhões), Auto Estradas Douro Litoral (271,3 milhões), (BES), Grupo Espírito Santo, (237, 1 milhões), Grupo Lena (225 milhões), Grupo António Mosquito (178 milhões), Reyal Urbis (1676,6 milhões), Finpro SCR (123,9).
Aí se remete para o Boletim nº 54 de 2017, da PJ informação demonstrativa a corrupção em Portugal. E é esse site que fornece o total de 912,l milhões de euros que permitem a esses nove felizardos, viverem na fresca ribeira. São eles: o Grupo Artlant (com 476,4 milhões), o Grupo Efacec (303,2 milhões), Vale de Lobo (282,9 milhões), Auto Estradas Douro Litoral (271,3 milhões), (BES), Grupo Espírito Santo, (237, 1 milhões), Grupo Lena (225 milhões), Grupo António Mosquito (178 milhões), Reyal Urbis (1676,6 milhões), Finpro SCR (123,9).
Diz o povo que «não
custa viver», o que custa é saber viver». Estes nove grupos de vampiros e
outros que tais, confirmam que vivemos no tempo da barbárie e na república das bananas.
Por quanto tempo mais?
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