As
Coreias e o paralelo 38
Sim à Paz. Não à guerra!
Apetecia-me ir para a rua
gritar,
Num gesto genuíno e afoito,
Para que acabassem na
terra,
Todos os paralelos trinta
e oito.
Os homens, aqueles que
ontem
Ensaiavam temíveis bombas
Nucleares, que não era
brincadeira,
São os mesmos que hoje falam
em pombas,
Em Paz e em ramos de
oliveira.
E se abraçam,
fraternalmente,
Para que os povos do
mundo vejam,
Que querem a paz, sinceramente!
Deus queira que assim
seja,
E se ponha fim a tamanho
sofrimento,
De tantos pais e filhos,
netos e avós!
Que durante gerações se enfrentaram.
E possam, finalmente,
confraternizar,
Sem rancores nem ódios,
pois então.
E os desavindos se possam
abraçar,
Fraternalmente, de irmão
para irmão.
Contudo, desejo isso e
tenho medo.
Tenho medo que alguém, em
segredo,
Já esteja a pensar em
acender o pavio,
Que vá atear o fogo no
convés do navio,
Onde navega toda esta minha
esperança.
Porque as guerras, em
todos os continentes,
Começaram por interesses,
ódios e vinganças.
E isso, nunca deixa todas
as partes contentes!
Mas eu quero pensar
positivo.
Para isso, quero mesmo acreditar,
Que se o homem quiser, é
capaz
De que todos os paralelos
trinta e oito,
E todas as guerras,
declaradas ou pensadas,
De uma vez por todas, possam
acabar!
Para que todos possam vir
para a rua gritar:
Não à guerra, meu amigo,
sim à Paz.
João de Deus Rodrigues
Mosteiro, 28 de Abril de 2018
Olá João! Belo poema! E tudo parece utopia porque o ódio,a vingança e a ambição despertam em cada dia. Jorge Lage
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