segunda-feira, 12 de março de 2018

Notize della Santa Croce



Por: Costa Pereira - Portugal, minha terra

Veio – me parar à mão a revista Notizie dalla Santa Croce, correspondente a Settembre 2017 e ANNO XXXII, órgão da Pontifícia Universita Della Santa Croce. Que o mesmo é dizer a Pontifícia Universidade da Santa Cruz, erigida em Roma pela Santa Sé, em 9 de Janeiro de 1990.


Pontifícia Universidade da Santa Cruz

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pontifícia Universidade da Santa Cruz em Roma

A Pontifícia Universidade da Santa Cruz é uma instituição universitária com sede em Roma erigida pela Santa Sé, em 9 de janeiro de 1990, para o ensino eclesiástico. Possui hoje os cursos de Teologia, Direito Canônico, Filosofia e Comunicação Social Institucional. É integrada ainda pelo Instituto Superior de Ciências Religiosas no Apolinário. Os títulos acadêmicos que confere, bacharelado, licenciatura e doutorado, têm plena validade canônica.
A Pontifícia Universidade da Santa Cruz responde ao desejo de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei, promover em Roma um centro de estudos universitários que desenvolvesse, ao serviço de toda a Igreja, um amplo e profundo trabalho de pesquisa e de formação na ciência eclesiástica, cooperando, de acordo com a sua peculiar função, com a missão evangelizadora da Igreja no mundo inteiro. O seu sucessor Álvaro del Portillo, obtendo a necessária aprovação da Santa Sé, pôs em prática esse desejo a partir do ano acadêmico de 1984/1985.
A Pontifícia Universidade foi erigida formalmente pela Congregação dos Seminários e dos Institutos de Estudos, pela autoridade conferida pelo Romano Pontífice, com Decreto de 9 de janeiro de 1990, e está confiada à Prelazia da Santa Cruz e Opus Dei, seu Grão-Chanceler é o Prelado do Opus Dei, atualmente Fernando Ocáriz.

"Conhecer o porquê de cada trabalho muda a forma como trabalhamos?"
O Prelado do Opus Dei fez uma comunicação, num recente Congresso sobre o trabalho, realizado na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma. O que se segue é um resumo da sua intervenção, durante um colóquio académico que durou uma hora.
Conferências 29 de outubro de 2017
Mons. Fernando Ocáriz escuta uma pergunta durante um colóquio.
A assinalar os 500 anos da Reforma Protestante, decorreu na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma, um Congresso internacional sobre "O Futuro do Trabalho e seu Significado".
Monsenhor Ocáriz, Magno Chanceler e antigo professor da Universidade, começou a sua comunicação com uma pergunta: "Que significa realmente santificar o trabalho? No contexto de procurar santificar a vida diária, o trabalho ocupa um lugar muito importante, não só pelo tempo que a ele dedicamos, o que já é muito, mas também pelas consequências que o trabalho tem para nós próprios e para outras pessoas. O trabalho e a família são, juntamente com a nossa relação com Deus, as colunas que sustentam o projeto de Deus para a humanidade, como nos relata o Livro do Génesis."
Referindo-se a uma cena do filme, Encontrarás Dragões, o Prelado refletiu sobre o momento em que S. Josemaria compreendeu a sua missão, dada por Deus, e a mensagem sobre o valor santificador do trabalho: "Neste momento do filme, o ator que faz de S. Josemaria aparece a escrever as palavras "Todos e tudo". Cada ser humano é chamado à santidade, todas as realidades humanas honestas, todos os trabalhos podem e devem tornar-se um caminho, um meio para a santidade, para nos encontrarmos com Jesus Cristo. Santificar o trabalho, qualquer trabalho honesto, significa fazê-lo para Deus e para os outros, o que exige de nós fazê-lo bem. O trabalho surge do amor e leva-nos ao Amor (com "A" grande), em cada circunstância das nossas vidas ".
Santificar o trabalho, qualquer trabalho honesto, significa fazê-lo para Deus e para os outros, o que exige de nós fazê-lo bem.
Citando um texto de S. Josemaria -"Une uma razão sobrenatural ao teu trabalho habitual e terás santificado o trabalho"-, Monsenhor Ocáriz explicou: "Isto não significa acrescentar um piedoso detalhe. Estamos a falar dos objetivos do nosso trabalho: do porquê e do para quê do trabalho, o que afeta a própria maneira de o realizarmos. E qual é esse motivo sobrenatural? O Amor a Deus e o serviço aos outros ".
Foram depois feitos vários comentários em referência ao vídeo, previamente apresentado, sobre o trabalho e S. Josemaria:
Uma extensa série de perguntas e respostas seguiram a comunicação do Prelado. Um professor falou de uma conversa que teve com um colega luterano sobre se a santificação do trabalho teria apenas a ver com a nossa relação pessoal com Deus, ou se realmente poderia provocar uma mudança no trabalho em si.
Quando S. Josemaria se punha a trabalhar, costumava dizer a Jesus Cristo - com ou sem palavras - "vamos fazer isto juntos".
Monsenhor Ocáriz respondeu: "Uma coisa torna-se sagrada na medida em que é oferecida a Deus. As coisas deste mundo já pertencem a Deus, mas através da nossa liberdade, elas adquirem uma nova dimensão. Com a nossa liberdade, o próprio trabalho, incluindo os seus aspetos materiais, pode tornar-se santo, tornando-se assim mais de Deus ".
O Prelado recordou também como, "quando S. Josemaria começava a trabalhar, costumava dizer a Jesus Cristo - com ou sem palavras – ‘Vamos fazer isto juntos’ ".
Já quase no fim, outra pessoa perguntou como descobrir esse algo divino de que o Fundador do Opus Dei falava muitas vezes, especialmente em ocupações tão diversas como as de um professor universitário e as de uma mãe de família. "Descobrindo em tudo uma expressão do amor de Deus por nós: nas pessoas, nas circunstâncias, na realidade material das diferentes tarefas, nos contratempos. S. João escreveu, fazendo um resumo da experiência dos Apóstolos na sua relação com Cristo: Nós conhecemos e acreditamos no amor que Deus nos tem. Descobrir esse quid divinum é ver os outros como criaturas amadas por Deus. Mesmo em dificuldades que não entendemos, podemos ver aí também o amor escondido de Deus".

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