Por: Costa Pereira - Portugal, minha terra
Veio
– me parar à mão a revista Notizie dalla Santa Croce, correspondente a Settembre
2017 e ANNO XXXII, órgão da Pontifícia Universita Della Santa Croce. Que o
mesmo é dizer a Pontifícia Universidade da Santa Cruz, erigida em Roma pela
Santa Sé, em 9 de Janeiro de 1990.
Pontifícia
Universidade da Santa Cruz
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Pontifícia Universidade da Santa
Cruz é uma instituição universitária com sede em Roma erigida pela Santa
Sé, em 9 de janeiro de 1990, para o ensino eclesiástico. Possui
hoje os cursos de Teologia, Direito Canônico, Filosofia e Comunicação Social
Institucional. É integrada ainda pelo Instituto Superior de Ciências Religiosas
no Apolinário. Os títulos acadêmicos que confere, bacharelado, licenciatura e
doutorado, têm plena validade canônica.
A Pontifícia Universidade da Santa Cruz responde ao desejo de São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei,
promover em Roma um centro de estudos universitários que desenvolvesse, ao
serviço de toda a Igreja, um amplo e profundo trabalho de pesquisa e de
formação na ciência eclesiástica, cooperando, de acordo com a sua peculiar
função, com a missão evangelizadora da Igreja no mundo inteiro. O seu sucessor Álvaro del Portillo, obtendo a necessária aprovação da Santa Sé,
pôs em prática esse desejo a partir do ano acadêmico de 1984/1985.
A Pontifícia Universidade foi erigida formalmente pela
Congregação dos Seminários e dos Institutos de Estudos, pela autoridade
conferida pelo Romano Pontífice, com Decreto de 9 de janeiro
de 1990, e está confiada à Prelazia
da Santa Cruz e Opus Dei, seu Grão-Chanceler é o Prelado do Opus
Dei, atualmente Fernando
Ocáriz.
"Conhecer
o porquê de cada trabalho muda a forma como trabalhamos?"
O Prelado do Opus Dei fez uma comunicação, num recente Congresso sobre o
trabalho, realizado na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, em Roma. O que se
segue é um resumo da sua intervenção, durante um colóquio académico que durou
uma hora.
Mons. Fernando Ocáriz
escuta uma pergunta durante um colóquio.
A assinalar os 500 anos da Reforma Protestante, decorreu na Universidade
Pontifícia da Santa Cruz, em Roma, um Congresso internacional sobre "O Futuro
do Trabalho e seu Significado".
Monsenhor Ocáriz, Magno Chanceler e antigo professor da Universidade,
começou a sua comunicação com uma pergunta: "Que significa realmente
santificar o trabalho? No contexto de procurar santificar a vida diária, o
trabalho ocupa um lugar muito importante, não só pelo tempo que a ele
dedicamos, o que já é muito, mas também pelas consequências que o trabalho tem
para nós próprios e para outras pessoas. O trabalho e a família são, juntamente
com a nossa relação com Deus, as colunas que sustentam o projeto de Deus para a
humanidade, como nos relata o Livro do Génesis."
Referindo-se a uma cena do filme, Encontrarás Dragões, o Prelado refletiu
sobre o momento em que S. Josemaria compreendeu a sua missão, dada por Deus, e
a mensagem sobre o valor santificador do trabalho: "Neste momento do filme,
o ator que faz de S. Josemaria aparece a escrever as palavras "Todos e
tudo". Cada ser humano é chamado à santidade, todas as realidades
humanas honestas, todos os trabalhos podem e devem tornar-se um caminho, um
meio para a santidade, para nos encontrarmos com Jesus Cristo. Santificar o
trabalho, qualquer trabalho honesto, significa fazê-lo para Deus e para os
outros, o que exige de nós fazê-lo bem. O trabalho surge do amor e leva-nos ao
Amor (com "A" grande), em cada circunstância das nossas vidas ".
Santificar
o trabalho, qualquer trabalho honesto, significa fazê-lo para Deus e para os
outros, o que exige de nós fazê-lo bem.
Citando um texto de S. Josemaria -"Une uma razão sobrenatural ao
teu trabalho habitual e terás santificado o trabalho"-, Monsenhor
Ocáriz explicou: "Isto não significa acrescentar um piedoso detalhe.
Estamos a falar dos objetivos do nosso trabalho: do porquê e do para
quê do trabalho, o que afeta a própria maneira de o realizarmos. E qual é
esse motivo sobrenatural? O Amor a Deus e o serviço aos outros ".
Foram depois feitos vários comentários em referência ao vídeo, previamente
apresentado, sobre o trabalho e S. Josemaria:
Uma extensa série de perguntas e respostas seguiram a comunicação do
Prelado. Um professor falou de uma conversa que teve com um colega luterano
sobre se a santificação do trabalho teria apenas a ver com a nossa relação
pessoal com Deus, ou se realmente poderia provocar uma mudança no trabalho em
si.
Quando
S. Josemaria se punha a trabalhar, costumava dizer a Jesus Cristo - com ou sem
palavras - "vamos fazer isto juntos".
Monsenhor Ocáriz respondeu: "Uma coisa torna-se sagrada na medida em
que é oferecida a Deus. As coisas deste mundo já pertencem a Deus, mas através
da nossa liberdade, elas adquirem uma nova dimensão. Com a nossa liberdade, o
próprio trabalho, incluindo os seus aspetos materiais, pode tornar-se santo,
tornando-se assim mais de Deus ".
O Prelado recordou também como, "quando S. Josemaria começava a
trabalhar, costumava dizer a Jesus Cristo - com ou sem palavras – ‘Vamos
fazer isto juntos’ ".
Já quase no fim, outra pessoa perguntou como descobrir esse algo divino de
que o Fundador do Opus Dei falava muitas vezes, especialmente em ocupações tão
diversas como as de um professor universitário e as de uma mãe de família.
"Descobrindo em tudo uma expressão do amor de Deus por nós: nas pessoas,
nas circunstâncias, na realidade material das diferentes tarefas, nos
contratempos. S. João escreveu, fazendo um resumo da experiência dos Apóstolos
na sua relação com Cristo: Nós conhecemos e acreditamos no amor que Deus nos
tem. Descobrir esse quid divinum é ver os outros como criaturas
amadas por Deus. Mesmo em dificuldades que não entendemos, podemos ver aí
também o amor escondido de Deus".
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