Neste sábado, dia 24,
pelo que ouvi na rádio pela manhã foi dia do Presidente da República e António
Costa darem um passeio pelo país a ver como se portam os portugueses a limpar
as matas que os fogos de 2017 não atingiram. É nisto que Portugal ganhou em relação
aos tempos que ainda me lembro de quando surgia um fogo se corria ao sino da
igreja ou capela e aí vai toda a aldeia em peso combater as chamas. Entretanto
são criados os Serviços Florestais, os baldios são florestados e o Estado toma
a seu cargo proteger o que é de todos. São construídas casas para os Guardas
Florestais, contratadas equipas de pessoal para limpeza das matas (= montes na
região de Basto), capatazes e tudo o mais necessário contra incêndios. Mas logo
os benjamins politiqueiros do após 25 de Abril para cativar simpatia e votos,
em vez de aproveitar o que nesta matéria de bom nos deu Salazar e Marcelo
Caetano, riscou tudo da sua “agenda” mental e sem mais aquelas vai de entregar
de mão beijada e sem contrapartidas essas matas e todo património às autarquias
onde estão localizadas. Claro que as autarquias não estão vocacionadas para
limpar e gerir matagais, nem fogos, mas sim servir e prestar serviço social,
formativo e cultural aos conterrâneos e residentes da respectiva área ocupada.
E o que recolhe dos pinhais é para aplicar e melhoramentos locais, e muitas
vezes nem só...
Com que autoridade vem
hoje um qualquer governante exigir aos particulares que tenham os seus pinhais
limpos, quando um Pinhal de Leiria ou Pinhal do Rei, encontrou na mata nacional
as condições precisas para sua combustão, onde eu vi, antes do fogo, mato com
mais de metro e meio de altura! Isto na Mata do Urso. Não brinquem com o fogo e
deixem-se de dar lições para iludir o pagode.
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