quarta-feira, 14 de março de 2018

Morreu Stephen Hawking, o físico que desafiou os limites do cosmos e da vida humana



O prestigiado cientista britânico revolucionou o estudo dos buracos negros e deu-nos novas perspectivas sobre o tempo e sobre a origem do Universo.

CLÁUDIA CARVALHO SILVA – Público

O físico britânico Stephen Hawking morreu durante a madrugada desta quarta-feira na sua casa em Cambridge, aos 76 anos. Hawking, um dos mais prestigiados nomes da ciência, revolucionou os estudos sobre os buracos negros, nunca deixando de se indagar sobre a origem do Universo. Ao mesmo tempo que provocava, com humor e intelecto, o que sabíamos sobre o cosmos – tanto junto das academias como do público –, desafiava os próprios limites da vida humana.
Aos 21 anos, foi-lhe dito que sofria de esclerose lateral amiotrófica (também conhecida como a doença de Lou Gehrig) e que teria menos de três anos de vida pela frente. A doença veio a afectá-lo gradualmente, ao ponto de conseguir mexer pouco mais do que um dedo e piscar os olhos, mas o físico fintou o diagnóstico pessimista: com a ajuda de uma cadeira de rodas e de um sintetizador de voz, ultrapassou em quase cinco décadas o tempo de vida que lhe era dado — sem nunca prescindir de participar na comunidade científica.
 “Vivi sob o espectro de uma morte precoce durante os últimos 49 anos. Não tenho medo da morte, mas não tenho pressa de morrer. Há tanta coisa que quero fazer primeiro”, dizia ao Guardian em 2011, recusando a ideia de uma vida para além da morte — era "um conto de fadas para pessoas com medo da escuridão".
Stephen Hawking nasceu em Oxford a 8 de Janeiro de 1942 – precisamente 300 anos depois da morte de Galileu Galilei, como gostava de mencionar – e morreu a 14 de Março deste ano – no dia do nascimento de Albert Einstein, que é também o dia do Pi (3,14).

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