Harry G. Frankfurt, há muito que abordou
o tema da conversa fiada - Bullshit! Que surge agora nas
bancas portuguesas como pequeno ensaio. A dado passo diz-nos: “ Os domínios da
publicidade e das relações públicas e os actuais domínios próximos da politica,
estão repletos de ocorrências de conversa fada tão completas que podem servir
como exemplos dos mais indisputáveis e clássicos paradigmas do conceito”
(p.32).
Aliás, Harry acrescenta: “ E nestes
domínios existem artesãos
meticulosamente sofisticados que – com a ajuda de técnicas avançadas e
exigentes pesquisas de mercado, de questionários de opinião pública, de testes
psicológicos e por aí adiante – se dedicam incansavelmente a encontrar a
palavra certa e a imagem adequada para o fim que pretendem”.
E a que propósito trazemos Harry à liça?
Por várias razões. Em 2005 com o bando de Sócrates o país caiu no abismo
(BANCARROTA – tecnicamente falido), o governo do PSD e do CDS (gostem ou não)
tirou o país da BANCARROTA. E os que para lá o levaram governam hoje o país.
Bem? Depende do ponto de vista. Do ponto de vista da conversa fiada não há
melhor.
Passemos em revista apenas três pontos
recentes:
1 – Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatísticas, o desemprego
baixou para menos de 8%. Foi caso para comemorar por parte de quem assumiu os
destinos do país (sem ganhar eleições).
Contudo, segundo os dados dos estudos da
Universidade de Lisboa e do economista Eugénio Rosa (insuspeito
ideologicamente, neste caso), o desemprego real é entre 15% e 17%.
2 – Segundo
um estudo de Frederico
Cantante do Observatório das Desigualdades do ISCTE-IUL, por ano, os portugueses passam em média mais três
semanas no trabalho do que alemães ou holandeses. Também têm menos dias de
férias: 22 dias contra 30 dias dos alemães e os 25 dias dos holandeses. A média
europeia (com 28 países da UE) está nos 24,6 dias de férias por ano.
Por semana, um português com um contrato
de trabalho a tempo inteiro passa em média 41 horas no trabalho – mais uma hora
do que passava em 2008. Este é o quinto valor mais elevado da União Europeia.
Contas feitas, passamos 1797 horas por ano no trabalho, mais 77 horas do que a
média europeia. E gozamos, em média, menos 2,6 dias de férias do que a média
comunitária (24,6 dias por ano).
Este estudo contradiz o que há mais de
uma década (desde 2005), por interesses dos do costume, se vem dizendo sobre o
cidadão luso.
Fernando Medina, o presidente do município de
Lisboa, em programa televisivo que lhe dá publicidade (como a tantos dos do
costume), veio logo dizer que era culpa da Troika (e de Passos Coelho, como se
nota). Esquece-se o cavalheiro do que se fez, neste campo, na governação
bandoleira do seu camarada Sócrates, desde 2005 a 2011!
3 – O senhor Costa (que não ganhou
eleições) e os parceiros que o sustentam, bem falam de justiça, disto e
daquilo. Contudo, em dois anos, das 15 recomendações feitas pelo Greco
(Grupo de Estados contra a Corrupção) para que Portugal reduzisse os riscos de
corrupção em relação a deputados, juízes e procuradores, apenas uma foi cumprida.
Outra
vez no domínio da conversa fiada!
Uma conversa fiada que apenas pretende prejudicar o vulgo - o cidadão comum. Não vai ser tão depressa (como alguns pensavam) que as patifarias do bando de Sócrates serão corrigidas.
Minaram o país de tal maneira que não existe instituição publica que não esteja corrupta. Já passou uma década . O país vai precisar de mais duas (se entretanto o bando não o conseguir manipular) para encontrar o equilíbrio e a justiça desejada por aqueles que sobem a pulso, sem o apoio de seitas e afins.
Uma conversa fiada que apenas pretende prejudicar o vulgo - o cidadão comum. Não vai ser tão depressa (como alguns pensavam) que as patifarias do bando de Sócrates serão corrigidas.
Minaram o país de tal maneira que não existe instituição publica que não esteja corrupta. Já passou uma década . O país vai precisar de mais duas (se entretanto o bando não o conseguir manipular) para encontrar o equilíbrio e a justiça desejada por aqueles que sobem a pulso, sem o apoio de seitas e afins.
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