Com o titulo “ As vistas mais espectaculares de
Portugal” li na SAPOVIAGENS o que de miradouros temos para
aconselhar a ver e convidar a visitar. Dez (10) foi o número redondo escolhido
entre os muitos merecedores de eleição mas que ficaram por lembrar.
Recordo dos ignorados o Monte
Farinha, em Vilar de Ferreiros (Mondim de Basto) com quase 1000metros de
altitude e do qual se avistam mais de 200 km. ao redor. Famoso pelo seu
santuário de NS da Graça.
Como o Monte Farinha também o alto
do Colcurinho com os seus 1242 metros de altitude na Aldeia das Dez (Oliveira
do Hospital) é merecedor de figurar no rol dos miradouros turísticos
de nosso Portugal.
Fiquei encantado com este, visita
que fiz na companhia do Sr. Padre Melquiades e de sua irmã Madalena e mais
tarde com uns sobrinhos que lá levei em visita. Somos muito ricos em beleza
natural e se bem aproveitada como fazem os nossos "hermanos"
espanhóis, éramos abastados. De facto nesta área a vizinha Espanha dá cartas. Recordo
Santa Tecla que visitei à cerca de 60 anos e já então os nossos vizinhos davam
lições…Tenho ainda bem presente quando ali desejei adquirir um “recuerdo” para
trazer de lá, mas os escudos minguavam e os poucos que haviam eram para gastar
em Tuy com caramelos e Pedro Domecq, antes de regressar a Portugal. Foi então
que deparei com uma serie de carteiras de fósforos onde constavam gravadas
imagens alusivas aos monumentos da região e comprei não sei quantas por poucas
pesetas a trouxe recordação de visita. E assim fiz a festa.
Hoje as editoras quase
chamaram a si essa tarefa e tudo quanto é postal ou livro tem seu direito de
autor. É bom, mas condiciona aqueles que sem habilitações possam ter ideias
proveitosas. A “doutorice” pelos nossos lados ainda não deu provas pela
positiva que cause espanto. No entanto o mesmo não acontece na diáspora, onde
muitos são os que se destacam. Um desses soube há pouco é um distinto professor
de Filosofia, escritor e jornalista, José Luis Nunes Martins, filho de um meu conterrâneo
nascido em Vilar de Ferreiros, o que vem confirmar o que disse.
Na região de Basto o Criador
colocou tudo quanto é preciso para fazer do espaço um paraíso terreal, só que
deixou ao critério do ser humano a missão de cuidar dele, e nisso os jardineiros
só no bucho e nas japoneiras é que se tornaram artistas. No resto mantiveram
intacta a virgindade do presente que como dote receberam. De tempos a tempos lá
surge um prosador inspirado ou vate a badalar que temos beleza digna de ser
exaltada, mas logo as orelhas dos circunstantes ensurdecem e os braços e pernas
desfalecem. Mas uma coisa temos: a paisagem encantadora com sua flora e
fauna que em parte tem sido destruída, por malvadez duns, e doutros a titulo de
fazer fortuna fácil.
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