Lembram-se do foguetório
e do fandango que acompanhou todo o ano de 2016 e grande parte do de 2017?
Depois de António Costa
ter perdido as eleições em Outubro de 2015, a oligarquia arranjou uma forma de
libertar os folgazões lusos da tirania da PAF. Mais concretamente do malandro
do Passos Coelho, como dizia a frente esquerda. Porquê? Porque esse malandro
tinha tido a coragem de dizer não a Ricardo Salgado, e não tinha embarcado nas
aldrabices de José Sócrates e do seu bando. Pela primeira vez, um primeiro
ministro tivera essa coragem. E a continuar assim, a vez de muitos oligarcas
chegaria.
Entretanto, as raparigas
do BLOCO, atiçadas pelo agora beatificado Louçã, folgavam entre o foguetório e
o fandango, acompanhadas por Costa, com Jerónimo mais recatado. Anunciavam o
fim da austeridade em altifalantes mais poderosos do que os das festas populares.
Seria um fartote. Tudo o que o malandro do Passos havia tirado, diziam
sublinhando, eles iriam repor. Porque, acrescentavam, havia outras
alternativas. E assim foram enganando os papalvos durante, pelo menos, ano e
meio.
A economia a subir e o
desemprego a descer, já desde 2015 (processo natural depois de um
reajustamento), contribuía para o delírio exacerbado da frente esquerda e seus
acólitos.
O malandro do Passos que
tinha pegado no país em falência técnica (BANCARROTA), com 75 biliões às
costas, fruto de um empréstimo socialista, e dos quais só se iria servir para
salvar o país, através de tranches trimestrais, tinha, diziam sobretudo as
manas e Catarina, mentido aos portugueses. Manipulando e anestesiando o
indígena luso, as Mortágua, Catarina, Jerónimo e Costa, iriam dar tudo a todos,
inebriando os acólitos que salivavam como cães raivosos. Tinham aprendido bem
as lições leninistas, trotskistas e estalinistas.
Entretanto, os papalvos
atiravam palavrinhas de estimulo ao dr. Costa: “Deixem o homem que a coisa está
agora a correr bem”, diziam alguns populares que haviam recebido um aumento de um
euro e 25 cêntimos nas pensões, nos holofotes das
televisões, manobradas pelos
mesmos que andaram uma década a defender e a apoiar incondicionalmente José
Sócrates.
No Facebook o regabofe
atingia o limite que se permite a alguém instalado num Conde Ferreira ou Júlio
de Matos. Os sensatos, acusados de Pafianos ou liberais, liam os disparates de
todos os dias publicados por algum cliente de Freud.
Depois vieram os incêndios,
o roubo de Tancos, as férias de Costa, e por aí adiante.
A semana passada com as
reivindicações sindicais, o dr. Costa sentiu necessidade de acalmar as hostes,
despertando-as para a realidade. Disse: “tudo para todos já é uma “ilusão”. O Presidente Marcelo seguiu no
mesmo tom, explicando ao autóctone luso que não se pode “voltar ao ponto antes da crise”. E o ministro Centeno aponta o dedo aos
funcionários públicos, dizendo que não basta exigir, têm de “merecer” [é óbvio que as reivindicações do
funcionalismo público, em especial os professores, não são uma exigência, são
uma questão de justiça, que abordaremos noutro escrito].
Tanto o dr. Costa, como o
Presidente Marcelo e o ministro Centeno estão agora mais Pafianos e, sobretudo,
mais Passistas. Porque a realidade é o que é. E a realidade é que não há
dinheiro!
Mas quem diz que as
hostes lhes seguem o rumo? Ainda ontem a dona Mariana, em entrevista, dizia que
o ministro Centeno havia utilizado uma “retórica da direita”.
A Comissão Europeia já veio avisar outra vez para os perigos das reivindicações sindicais. O teatro do costume a que o autóctone luso se vai habituando. E, sobretudo, adaptando. Dirão uns tantos, como já se tem ouvido: "bardamerda para a Comissão Europeia"!
A Comissão Europeia já veio avisar outra vez para os perigos das reivindicações sindicais. O teatro do costume a que o autóctone luso se vai habituando. E, sobretudo, adaptando. Dirão uns tantos, como já se tem ouvido: "bardamerda para a Comissão Europeia"!
Pois é, mas o Dr. Passos
Coelho que alegava o que hoje alegam Costa, o Presidente Marcelo e o ministro
Centeno, era um neo-liberal, e na boca de alguns até era apelidado de fascista!
Mudam-se os tempos …
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