O Regime apodreceu
lentamente. O processo marquês envergonha a decência. Porque as três dezenas de
biltres acusados não representam o povo português. Que trabalha, vive de
vencimentos miseráveis e raramente se estende em extravagâncias. Latino,
alegre, amigo de uns copos, de umas petiscadas, mas sensato nos comportamentos.
Estas três dezenas de salafrários representam um povo diferente: os 10% que
nasceram com aquela parte anatómica virada para a Lua!
“Não vades por aí”, teria
dito o padre António Vieira. Mas eles foram. Porque não conhecem esta
linguagem. Foram eles e os Presidentes da República que os condecoraram.
Foi eleito primeiro-ministro
duas vezes, através da manipulação da opinião pública. E foi condecorado com a Grã-Cruz
da Ordem do infante Dom Henrique em 2005 por Jorge Sampaio
2 - Hélder Bataglia foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do infante
Dom Henrique em 2005 por Jorge Sampaio.
3 - Armando Vara, acusado de cinco crimes (e condenado no processo dos
robalos com cinco anos de prisão efectiva) foi condecorado com a Grã-Cruz da
Ordem do infante Dom Henrique em 2005 por Jorge Sampaio
4 - Zeinal Bava, o gestor modelo, premiado com todos os prémios,
apontado como exemplo à juventude tecnologicamente afoita, está acusado de
cinco crimes. Tem um doutoramento honoris causa, e foi condecorado com Grã-Cruz
da Ordem do Mérito Empresarial Classe Comercial em 2014, atribuída por Cavaco
Silva
5- Henrique Granadeiro, considerado um dos grandes gestores
portugueses e com uma longa carreira cívica e política, está acusado de oito
crimes. Foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo
de Portugal em 1979, atribuída por António Ramalho Eanes
6 - Miguel Horta e Costa foi condecorado por António Ramalho Eanes e por Jorge
Sampaio.
Importa ainda recordar
que Ricardo Salgado, anteriormente
conhecido como o “dono disto tudo”, está acusado de mais de 20 crimes. Tem um
doutoramento honoris causa e várias condecorações nacionais e estrangeiras. E
importa ainda relembrar o seguinte: Armando Vara esteve metido nas embrulhadas
sinistras que todos sabemos dos negócios da Prevenção, uma instituição privada
que recebia dinheiros públicos e fugia aos concursos públicos. A Fundação Para
a Prevenção e Segurança Rodoviária, criada por Armando Vara aquando da sua
passagem pelo MAI, forçou a sua demissão de ministro da Juventude por parte de
António Guterres, depois das pressões do então Presidente da Republica Jorge
Sampaio. Que razões teriam posteriormente levado Sampaio, a condecorá-lo em
2005?
O pântano; a podridão do
regime?
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