segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O povo é pacifico e de má memoria


Por: Costa Pereira  Portugal, minha terra

Assenta bem no meu sistema de transmitir noticias para quem me lê e cuja formula mantenho há cerca de sessenta anos e que George Orwell, citado por Ray Kerrison no New Yok Post, como em Tempo Caminhado, de 18 do corrente li, retrata: “Jornalismo é publicar o que alguém não quer ver publicado. Tudo o mais são relações publicas “.
O ter jornais que defendem, ou pelo menos não denunciam situações gritantes que como o caso “Marquês”, ou dizerem ámen a um governo que governa sem ganhar eleições, não pode considerar-se jornalista empenhado na profissão que desempenham. Para mim são mais jornalistas corruptos e comentadores comprados, isto se não se querem identificar como militantes deste ou daquele partido. Mas por profissão vir em defesa de um governo medíocre, nunca. Um governo cujo responsável foi preciso um puxão do PR para vir a publico pedir desculpa aos portugueses, em especial às famílias de mais de 100 vitimas mortais que perderam a vida este ano nos incêndios por incúria dos políticos que temos. É vergonhoso. Mas só o fez nestes termos arrogantes: “Se me querem ouvir pedir desculpas, eu peço desculpa”. À volta do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, em Oliveira do Hospital o jurista Nuno Botelho anotou: «É aí que, acho, impende uma espada a António Costa que necessariamente o vai levar a actuar”, dado que “ se quebrou a relação de confiança entre o estado e os cidadãos. Se pensarmos bem os actos terroristas, este ano, na Europa fizeram menos mortos que Pedrogão e o último domingo juntos»
Uma das artimanhas de António Costa tem sido descarregar as responsabilidades da governação para cima dos titulares dos ministérios e das instituições, como ele a fazer de primeiro-ministro não tenha culpas nos erros que acontecem e dão de Portugal a pior imagem. O facto é que à volta dos fogos e das mortes que provocaram foram criados mais uns postos de trabalho para os amigos ministeriais e da confiança de António Costa. Demite-se a Constança, entra o Cabrita, e atrás dele mais uns tantos camaradas em ascensão. O povo é pacifico e de má memória.

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