Em 2005 só não percebeu
que o fulano que hoje foi acusado de 31 crimes não era corrupto, quem não quis.
Ou quem não quis, ou quem andava distraído, ou quem era imbecil.
Já havia casos bem visíveis
de amigos seus que punham em questão a decência. Fundações, empréstimos daqui e
dali, cargos aqui e ali, etc, etc. Os seus camaradas do PS de nada
desconfiaram? À primeira vista assim parece. Mas na realidade a maioria sabia. Não
foi por acaso que António José Seguro se afastou de Sócrates. Foi o único,
diga-se.
Para sustentarem um
regime corrupto, ergeu-se uma coligação sinistra que acabou por dar cabo do
país. Aos socialistas juntaram-se figuras sinistras do PSD, jornalistas, empresários
e por aí adiante. O dr. Jorge Sampaio que à época desempenhava as funções de
Presidente da República, sem razões aparentes, dissolveu o Parlamento,
provocando eleições antecipadas, demitindo o Primeiro-ministro legitimo em
funções: Pedro Santana Lopes. Teve o Apoio de todos. Contam-se pelos dedos de
uma mão os jornalistas e comentadores decentes que fizeram análises justas e
correctas.
O sr. Sócrates acabou por
ganhar as eleições e argamassou um regime corrupto com o melhor cimento de
então. Contando com os jornalistas corruptos manipulou a opinião pública como
quis. Todos os sectores da sociedade foram
corrompidos, e três deles tiveram a sua especial supervisão: o ensino, a
justiça e o jornalismo. Inventou “reformas” e contrarreformas. Colocou os
amigalhaços nos cargos de direcção e subjugou os espíritos livres.
O pior é que toda a teia
montada na época se manteve até hoje. Os dirigentes do seu tempo são os mesmos
de hoje (ressalvem-se as excepções), os jornalistas e comentadores de ontem são
os mesmos de hoje e os “governantes” desse tempo são os do nosso tempo.
Portugal, infelizmente,
continua igual ao do tempo de Sócrates.
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