Hoje vivemos um tempo
vazio. A sociedade moderna perdurou até à Segunda Guerra Mundial. Essa sociedade era conquistadora. Acreditava
no futuro, na ciência e na técnica – no progresso. O modernismo instalou-se em
ruptura com as hierarquias de sangue e a soberania sacralizada, com as
tradições e os particularismos, em favor do universal, da razão – e da
Revolução.
Esse tempo dos amanhãs
radiosos da revolução e do progresso, desapareceram. Por um lado, ainda bem,
porque os testemunhos deixados não alegram ninguém, com os milhões
de mortos nos Gulag soviéticos, nos campos de Gobi chineses ou nos campos de
concentração nazis.
O nosso tempo é o
pós-moderno. O que se pretende viver é o já, o agora. Adorno, Lyotard, entre
outros, dedicaram ao assunto uns milhares de páginas.
Neste tempo reina a
indiferença de massa, reina um certo individualismo e igualitarismo medíocres.
É uma cultura que é uma coisa e outra, como nos diz Gilles Lipovetsky.
Ruptura aqui, continuidade ali. Nem é carne nem peixe. É a cultura do umbigo, do amigalhaço e do corrupto. É o tempo do espectáculo, narcísico, com declarações insignificantes, onde o individuo se exprime para nada - apenas para si próprio.
Ruptura aqui, continuidade ali. Nem é carne nem peixe. É a cultura do umbigo, do amigalhaço e do corrupto. É o tempo do espectáculo, narcísico, com declarações insignificantes, onde o individuo se exprime para nada - apenas para si próprio.
António Costa e Catarina
Martins são bem representativos deste tempo. Venderam a alma ao diabo para
atingirem o poder, e aldrabaram o que puderam para o manterem. O caso do aumento
das pensões é sintomático.
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