Teófilo Minga |
Aqui de longe, de Colombo Sri Lanka, uma saudações amiga neste
dia de São Lourenço que nos traz muito boas lembranças- Para mim, a grande feira
anual de Vimioso à qual meu pai me levava quando já era maiorzito, as festas em Ermesinde, paroquia onde vivi muitos anos e tive a
alegria de colaborar em alguns aspetos da vida da paróquia: São Lourenço é o padroeiro da Paróquia; e San Lorenzo de El Escorial onde vivi 4 lindos anos no nosso
centro de formação espiritual, conhecendo um bom numero de Irmãos de língua portuguesa e espanhola.
Mas traz-me também à memoria a morte do meu Pai que faleceu em
10 de Agosto de 1990, estava eu em Nairobi. Pude vir ao funeral. Na altura
publiquei uma meditação sobre a morte do meu pai. que saiu publicada no meu
primeiro volume de Bilhetes para Deus (meditação 5)
Saiu agora "revista e aumentada" como se diz no meu
último livro da séria de Cartas a Silvana (Volume 10), onde aparece também uma
longa reflexão sobre a Vida ao lembrar a morte do marido e da mãe da Alva, minha antiga aluna de Carcavelos.
Com todos partilho este poema com a certeza da munha oraçao por
todos vós e vossos defuntos, aqui, a partoor de longe, do Sri Lanka, onde estu
entre outeas coisa para animar um retiro para a nossa Provincia Marista do Sul
da Asia e traduzzir numa reunião da nossa Comissão Internacional de
Sustentabiidade.
Um abraço amigo para todos.
MEMÓRA DE MEU PAI
Faz hoje 27 anos que faleceu meu pai. Publico este poema em sua
memória. Ao mesmo tempo que lembro muitos defuntos de famílias amigas,
conhecidas ou de comunidades religiosas que faleceram recentemente. De um modo
especial lembro a Senhora Maria Trindade, irmã do meu colega de profissão
Antónia Reis que faleceu a semana passada e de quem pude assistir ao funeral.
Por todos a nossa oração na fé, agradecendo a Deus as suas vidas, o que eles
foram para nós e a fé que nos transmitiram. Deus seja louvado em todos eles e
elas.
Memória
Anos: são hoje vinte e sete
Que partiste para o Pai,
O Pai de misericórdia que promete
A vida eterna que vai
Ser para sempre a nossa morada,
Ao terminar aqui a nossa estrada! (1)
Partiste: eram quase oitenta anos,
Vividos entre alegrias e sofrimentos,
Talvez entre alguns desenganos,
Espinhos que a cada momento
Nos podem visitar…
Pedras no nosso caminhar! (2)
Combateste o bom combate,
Para receber a coroa de glória,
Quando os sinos tocam a rebate,
Para celebrar a tua memória.
Aqui estamos, no Senhor recolhidos,
Reverenciando os teus oitenta anos idos!
Em silêncio profundo perante a morte,
Momento de nostalgia e de dor,
Mas confiantes que encontraste o norte
Naquele que foi sempre o teu Senhor.
Na oração, nós te entregamos a Deus
Neste momento do grande adeus!
Voltas, como todos, ao pó da terra,
Ao pó donde, outrora, foste tirado!
Para ti é o fim da humana guerra,
Agora, à glória de Deus elevado!
E junto ao Senhor, lá nos Céus
Não esqueças todos os que são teus!
Teófilo
Ngombo, 10 de agosto de
2017
1) Poema à memória de meu pai, que faleceu
no dia 10 de agosto de 1990.
2) Partiu com quase oitenta anos. Faltaram
alguns meses para os completar. Faria 80 anos no dia 2 de março de 1991.
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