O programa “Olhos nos Olhos” de Medina
Carreira é, de facto, um dos poucos programas televisivos úteis à sociedade.
Digamos que é único. Esperemos que não haja tentativas medíocres de o adicionar
à estupidez que grassa hoje nos órgãos de comunicação social.
Na
última Quarta-feira foi dedicado à Educação. Levantou problemas fundamentais e
que deveriam merecer reflexão por parte de todos os cidadãos, pelo menos dos
mais decentes.
Portugal
foi ultrapassado por todos os países do Leste (que há meia dúzia de anos
estavam mais atrasados que nós); os programas europeus (como o PISA)
colocam-nos na cauda da Europa (ao contrário do que dizia a dona Lurdes
Rodrigues, antiga ministra desta área, no tempo de quem tem às costas um
processo judicial). O país recebeu em 16 anos 56 mil milhões a fundo perdido,
aos quais se juntaram 174 mil milhões. Ninguém sabe onde é que estes 230 mil
milhões foram investidos.
Fala-se
na autonomia das escolas, mas ela não existe. Convém, no entanto, sobre este
aspecto, fazer ligeiro comentário. Não se fazem omeletes sem ovos, diz o vulgo.
Também se não caminha para uma decente autonomia das escolas enquanto a
selecção dos directores de escola for a actual, ou seja, aquela que foi
definida desde os tempos da dona Lurdes Rodrigues. É bom saber que a maioria
dos directores de escola actuais, são os mesmos desse tempo. E que as cláusulas
de selecção são exactamente as mesmas (ressalvem-se as excepções). Ora se tudo
é feito à semelhança de quem nos levou à BANCARROTA, é absolutamente necessário
que essa gente desapareça, como é absolutamente necessário que os critérios de
selecção sejam outros. É pois necessário transformar esta mentalidade mesquinha
e invejosa lusa que nos foi imposta por gente lusa mesquinha e invejosa como a
dona Maria de Lurdes e o sr. José Sócrates.
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