Pormenor de fotografia retirada do blogue "O Insurgente". |
As afirmações dadas à estampa por uma rapariguinha do Bloco de Esquerda
(da juventude bloquista), publicadas pelo jornal Público (A ideia de que o mundo pode ser melhor cabe numa
tenda - PÚBLICO) a propósito de um
encontro em Oliveira do Hospital poderão ser irrelevantes para uns tantos. Mas
não o são para uma grande maioria de portugueses. Porque a seita que as apoia faz parte do governo de um país – Portugal.
De um governo que deveria ter superiores preocupações com a Educação da
Nação.
Se as mesmas fossem proferidas por um grupo de jovens anónimos (ou
agrupados em agremiações), estaríamos perante a irreverência natural de jovens.
Mas não foi o caso.
A rapariguinha, Ana Rosa, parece ser a coordenadora desses encontros.
E, como tal, entendeu dizer o que lhe ia na alma, ou simplesmente o que a
ideologia da seita a que pertence defende. E o que a seita defende em nada
difere daquilo que motivou o seu guru fundador quando ajudou a inventar os campos de concentração modernos
(onde se especializaram os regimes comunistas) que iriam constituir o grande
complexo denunciado por escritores como Varlam, Soljenitsin, Grossman ou
Chemeliov. Mas que interessam os Gulag?
Em síntese, diz Ana Rosa que o objectivo destes encontros é a liberdade.
É claro que o diz já com a mente lavada pelas suas mentoras. Liberdade não é o
que diz Ana Rosa, nem a dona Catarina, nem a senhora Drago, ou as manas.
A liberdade procura-se, como a procuraram Leónidas e os seus
espartanos; a liberdade constrói-se, como a construíram Varlam e os seus pares;
a liberdade adquire-se, como a adquiriu Stuart Mill.
A “liberdade” de Ana Rosa e da sua seita é igual à dos primatas, cujos
resquícios animalescos continuam a inundar a consciência do Homo sapiens
já “civilizado”, como nos diz Desmond Morris no “Macaco nu”. Bem vistas as
coisas, o tal encontro, “o Liberdade”, não passou de um convívio de macacos
nus.
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