sexta-feira, 8 de julho de 2016

A “Noite” de Elie Wiesel


No Sábado passado morreu Elie Wiesel com 87 anos. Sobrevivente do Holocausto e Nobel da Paz, tornou-se numa das vozes mais influentes sobre a questão judaica e o horrendo crime nazi. Aos 15 anos foi deportado para Auschwitz juntamente com seu pai. A mãe e uma das suas irmãs morreram nas câmaras de gás e Wiesel viu o pai ser espancado até à morte por um agente das SS. Aos dezasseis anos foi libertado pelas tropas norte-americanas do campo de Buchenwald. Ele e duas irmãs mais velhas.
Ao contrário de Primo Lévi e outros sobreviventes do Holocausto, conseguiu sobreviver ao suicídio.
Contou esta experiência em três livros: Noite, Dia e Amanhecer. O primeiro é o mais conhecido e o mais traduzido.
Um testemunho emocionante. Nesta narrativa autobiográfica, Wiesel descreve o que aconteceu aos judeus de Sighet, uma pequena cidade da Transilvânia, onde personagens como o Maceiro Moché ganham vida e importância apesar da sua pobreza. Foi com este mendigo que Wiesel aos doze anos havia de iniciar o estudo da Cabala através do livro místico o Zhoar.
Foi ainda este mendigo que contou a Wiesel a sua história e a dos seus companheiros. Como muitos foram abatidos sem dó nem piedade pelos membros da Gestapo, como os bebés eram atirados ao ar como alvos da metralha e por aí adiante …

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Acaba de sair a público o nº 80 da revista Tellus (Vila Real), revista de cultura transmontana e duriense.