sexta-feira, 15 de abril de 2016

O Amigo de Costa

 
Quando em Portugal se levantam casos de certa promiscuidade entre o Estado e os privados, são normalmente sustentados por sentimentos de inveja, na medida em que o destaque dos mesmos se fundamenta nos seus reembolsos. O aspecto ético é sempre relevado para planos secundários. Por essa razão, neste espaço, raramente os comentamos.
jornal CORREIO da MANHÃ
O caso do “amigo de Costa”, porém, não nos foi indiferente. Não por aquilo que a sua empresa terá, em dois meses, usufruído do Estado por serviços prestados (170 mil euros – mais do que metade dos portugueses não usufruem numa vida), ou pelos contratos já assinados no valor de 445 mil euros.  Mas sim pela problemática ética e moral que levanta.
Tornado público o caso, Costa deu uma entrevista sobre o mesmo. E não viu nenhuma razão para tanta polémica. Para Costa não havia nenhum problema em ter a seu lado (que ocupa o lugar de primeiro-ministro) o seu maior amigo a negociar coisas do Estado, sem ter contrato algum. Um velho costume da tralha socialista, não tivesse Costa sido ministro de uma governação que levou o país ao estado em que está – muito próximo da bancarrota! Um costume em que o Estado é tratado como uma quinta particular!
Os problemas éticos que esta questão do amigo de Costa levanta, são enormes, mas Costa não vê problema algum, porque, para ele, a Ética é secundária na governação.
Pior a emenda que o soneto, foi uma das sócias desta governação de trampa ter comentado o caso. A sirigaita do Bloco de Esquerda, a dona Catarina, colocada perante a questão, com aquela boquinha de periquito gaguejou, e como manipuladora que é (como o seu mestre Estaline) começou por fazer comparações, táctica usada quando falha a argumentação. Disse a sirigaita que já no passado António Borges (já falecido) teria passado pelo mesmo. Esqueceu-se a sirigaita que as situações não são comparáveis. António Borges fez o papel de consultor (que foi), Diogo Lacerda negociava pelo Estado!    Armando Palavras

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