O paleio de Costa e a lábia da dona
Catarina na campanha eleitoral apenas enganou os incautos. Assinada a papelada,
a primeira medida anunciada por Costa (no dia a seguir à formação da
governança) foi adiar o descongelamento das carreiras para 2018. E não foi por
acaso que o fez. Foi por puro golpe. As carreiras foram congeladas no governo
socialista (a que ele pertenceu) em 2009. E não foram congeladas ao acaso e por
acaso. Era preciso (para continuar a anarquia que levou à bancarrota) “quebrar
a espinha” a quem pudesse contestar as patifarias provocadas por essa
governança socialista.
Os trabalhadores do Estado estão impedidos
de progredir na carreira, desde 2009, mesmo que cumpram os requisitos previstos
na lei. Porque as progressões obrigatórias são destinadas aos funcionários
que acumulam
dez pontos na sua avaliação de desempenho, e as progressões facultativas
estão
sujeitas a quotas e só podem ocorrer se o dirigente orientar o orçamento do
serviço para esse fim. Ou seja, como a lei aprovada para estes fins não bedece a
princípios universais, criou-se um regime cacique, onde só irão progredir os
amigos. O presidente Cavaco (inexplicavelmente), protegeu o sistema, como aparentemente
irá proteger o actual presidente.
Não foi por acaso que Bruxelas há uma
semana alertou para a corrupção na Administração pública Portuguesa! [Tempo Caminhado: Bruxelas pede mais esforços de ...]
Passos e Portas apanhados em contrapé
prolongaram-na para lá do admissível, sem corrigir o que está errado. Tivessem
usado a inteligência (que têm) e tê-las-iam descongelado em 2014/15 (teriam a
maioria absoluta). E poderiam tê-lo feito, porque foi uma das reivindicações
dos socialistas de Seguro e uma possibilidade de Passos na “crise do
irrevogável”.
Costa, seguindo os métodos do seu antigo
chefe, alarga para mais dois anos, aquilo que, no máximo, deveria ter acabado
em 2016! E não esclarece de que forma irá desbloquear as progressões. O plano
de Estabilidade confirma-o. Como confirma mais coisas que, num país decente,
obrigaria estes “paleiógrafos” a demissão acelerada. Armando Palavras
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