Por: Costa Pereira Portugal, minha terra.
Nasceu este nosso saudoso amigo na
freguesia de Molares, concelho de Celorico de Basto, a 17 de Maio de 1922,
tendo falecido no hospital de Arnoia, a 13 de Abril de 1981 e sepultado no
cemitério de Britelo, no dia seguinte.
Foi empregado da Caves do Campo, na sua terra–natal; e de funcionário da
Casa do Povo de Fermil de Basto. Mais tarde desempenhou o cargo de fiscal de
obras, na barragem da Venda Nova, tendo acabado por se dedicar ao ensino
oficial na qualidade de Regente Escolar, missão que desempenhou em São Mamede
de Coronado (Santo Tirso) e em Guilhufe (Penafiel).
Desiludido com a remuneração atribuída ao professorado primário de
então, resolveu regressar ao seu concelho que muito amava, deixando,
entretanto, muitos amigos e admiradores
por toda a parte aonde passou.
Tendo casado, no Porto, com D. Maria Eugénia Rodrigues Lopes fixou
residência no lugar de Carril, Celorico de Basto, depois de ter vivido algum
tempo em Molares.
Com uma vocação extraordinária para a
poesia e prosa são inúmeros os trabalhos dispersos que José Lopes deixou
publicados por jornais e revistas do
País e cuja recolha e reunião em volume no todo ou em parte é uma divida que
Celorico de Basto tem para com este seu filho que poeta nasceu e poeta morreu….
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Também foi dos que acreditou no 25 de
Abril, como manifestou por imagem…e versos com que me presenteou pelo Natal de
1974. Hoje duvido que tivesse a mesmo sentimento, uma vez que tudo se mantem
como dantes, ou pior.
Mas vamos aos versos:
Boas Festas de Natal
Ao Amigo Costa P’reira
São meus votos sem igual
Pela festa que se abeira !
Neste postal ilustrado
Pelo seu significado
Vê-se a virtude altruísta:
Um democrata aguerrido
Mostra o código temido
Ao seu amigo fascista!
Haja paz, haja concórdia
Também haja misericórdia
Nesta festa de Natal.
Pois Deus também perdoou
Àquele que o matou
E nunca a ninguém quis mal !
José Lopes
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