Vila e sede de concelho notável pelo seu
património cultural, económico e artístico, Celorico de Basto é hoje uma terra
em franco desenvolvimento que tem nas vilas de Fermil e de Gandarela dois
pilares importantíssimos. Mas é no castelo e no convento de Arnoia que o
estudioso vai encontrar a rampa de lançamento que esta vila, de terras de Ribatâmega, a partir
de um D. Múnio Muniz toma a sua atual identidade. Primeiro, com o nome de “Vila
de Basto”, e situada nas proximidades do castelo, graças ao foral recebido de
D. Manuel I, em 29 de Março de 1520; sendo transferida depois para o sítio de
Outeiro Coelho, e finalmente, por provisão de D. João V, de 21 de Abril de
1719, para o lugar de Freixeiro, com a designação de “Vila Nova de Freixieiro”,
hoje Celorico de Basto.
A fundação deste Mosteiro ainda que
incerta é por alguns atribuída a um descendente de D. Afonso Henriques, D.
Múnio Muniz, nos finais do sec. X, que terá sido alcaide do castelo, e porque
num tumulo vazio encontraram uma lápida com seu nome; outros defendem que foi D.
Arnaldo Baião, nos finais do séc. IX quem fundou o Mosteiro de São João do Ermo
de Arnoia. Certo é que este monumento
histórico foi ocupado pelos monges da Ordem de São Bento até serem extintas as
ordens religiosas, e só não teve a sorte de tantos outros porque ficou a cargo
da Paróquia de Arnoia que numa das suas antigas alas fundou o então Hospital
Civil de São Bento de Arnoia.
Na vila, em frente ao antigo edifício da
Câmara Municipal ergue-se a estátua de João Pinto Ribeiro, um dos celebres
conjurados do 01 de Dezembro de 1640. Segundo se diz terá sido ele quem
incentivou o então Duque de Bragança, D. João, a avançar para a conspiração.
Ligado a Celorico devido à mãe possuir uma propriedade em Arnoia, e um seu
sobrinho também outra, em Gémeos.
Praça Albino Alves Pereira, um generoso
celoricense, nascido em Arnoia, mas que muito jovem foi para o Brasil, onde fez
fortuna. Regressado a Portugal à procura de cuidados para a doença que o
vitimou, ao saber que na sua terra havia um hospital carecido de meios
económicos acabou por lhe legar toda a sua fortuna. Terra de gente generosa,
que até o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa considera como sua, e
eu também, porque em Fermil de Basto vivi parte da minha adolescência.
Sem comentários:
Enviar um comentário