segunda-feira, 28 de março de 2016

Alguns técnicos da imigração canadiana não gostarão de atender pedidos de portuguesas que querem trabalhar no Canadá como «baby-sitters»


Jorge Lage
A lei da imigração canadiana parece prever casos em que famílias podem tentar contratar fora do país quem tome conta de criança ou crianças nos primeiros anos de vida. Assim, quando um casal português, se candidata e faz contracto de trabalho por dois anos, com jovem habilitada e experiente, para tratar de crianças. Os zelosos funcionários exigem currículos com experiência em Portugal e acham que não chega. Exigem papéis e mais papéis comprovativos. Mesmo assim, os pedidos voltam a ser indeferidos. Fica-se com a ideia de que portugueses não servem por ser excepcionais. Por sua vez, são recebidos dezenas de milhares de emigrantes de outras etnias. O Estado canadiano e os seus serviços de emigração podiam já ter uma melhor ideia formada sobre a laboriosa comunidade portuguesa: trabalhadora! Depois, podiam saber um pouco mais da História da Colonização do Canadá, em que entram na vanguarda os navegadores portugueses. Não deviam ter receio de quem vai com contracto de trabalho específico por tempo limitado. Mais zelosos são os técnicos quando a pessoa que iria ser contratada resolve por sua conta e risco ir passar uma temporada ao Canadá. Em vez dos habituais seis meses de autorização de permanência, apenas lhe consentem três meses. Se não fossem pessoas direitas, nem haveria contracto de trabalho e, com umas entradas e saídas, iam permanecendo por lá e trabalhando. Já agora, posso referir alguns preços de emigração clandestina para o Canadá em dois momentos diferentes. Há mais de 45 anos eram precisos 50.000$ (25.000 €) e há uns 30 anos conseguia-se emigrar de Portugal para o Canadá por 500.000$ (2.500.000 €). No primeiro caso, a minha mãe abordou-me, nesse sentido, para eu fugir à Guerra Colonial. No período mais perto, há três décadas, foi alguém, em que o seu pai terá desembolsado não sei quanto, em «passagens» e legalização. Certo é que o rapaz para lá estará como cidadão canadiano. Assim, fico com alguma sensação que para se emigrar para o Canadá haverá, também, outros canais desde que haja uma boa maquia disponível e a nossa gente humilde e trabalhadora, que só tornariam o país mais próspero, não dispõem de tão avultadas quantias. Quem tem dinheiro por cá, não emigra.


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