A questão das subvenções dos políticos,
nesta altura em que a divida portuguesa (200% do PIB) questiona o futuro (e a
prosperidade) do país para mais de 30 anos (várias gerações), é uma pulhice (em
termos de elegância, uma vergonha). Eticamente e moralmente, num período de
tanta dificuldade, haja algum decoro!
O tema dava “pano para mangas”. Porém, o
que aqui nos trouxe hoje, foram as declarações de um deputado do PSD –
Guilherme Silva. Dizia o sr. Silva no telejornal (RTP1) de hoje, mais coisa
menos coisa (porque “citamos” de memória), que estava apreensivo porque alguns
deputados tinham programado a vida a contar com essa subvenção, e que agora,
cortada a mesma, viviam em dificuldades.
O sr. Silva devia corar de vergonha, mas
não cora porque a não tem. Como a não tem muita gente (corrompida) deste país
terceiro-mundista. A corrupção instalou-se no país, sobretudo no Estado (em
dimensões gigantescas), a partir de 2005, na época da tralha socrática (que
hoje “governa” o país). A partir dessa altura, o Estado foi sujeito a
transformações “legais” inconcebíveis.
Profissionais decentes, com percurso de
vida planejado, foram trucidados pelas “leis” derivadas dessa tralha. Muitos não
se queixaram, outros denunciaram. De pouco lhes valeu. Tiveram que reformular
os orçamentos pessoais. As tragédias não foram poucas. Nunca foram corrigidas;
por essa razão a “direita” pagou o preço respectivo a quatro de Outubro. Como há-de pagar o "governo" de Costa (rapidamente), ou outro qualquer governo que não atenda a esta questão.
Esses profissionais, estavam a milhas de
distância dos rendimentos de um deputado. Porque se queixa então Guilherme
Silva? Porrque se queixam os outros 30 deputados?
Armando Palavras
Armando Palavras
Não costumo comentar em "casa alheia". Mas comento por 2 razões:
ResponderEliminar-Também vi o pulha a fazer essas declarações, e também chamei nomes à criatura.
-Aplaudo também a tua pluralidade na crítica e condenação desta pouca vergonha.