Miguel A. Lopes/Lusa
Passos Coelho já decidiu ficar fora
do Conselho de Estado. Também decidiu convidar Francisco Pinto Balsemão para
liderar a lista que o PSD vai apresentar e submeter a votação na Assembleia da
República, na próxima sexta-feira. Uma lista que vai concorrer com a
apresentada pelo PS e a restante esquerda.
O líder do PSD só admite voltar ao
órgão de consulta do Presidente da República se e quando voltar a ser
primeiro-ministro. Nesse caso, tem lugar por inerência.
A decisão de Passos Coelho foi
tomada ontem. Ao que o SOL apurou junto de fonte do presidente dos
sociais-democratas, Passos «não tem apego ao lugar» e queria ouvir o partido
sobre esta questão nas reuniões da Comissão Permanente, da Comissão Política e
do Conselho Nacional que se realizaram até ao final do dia.
O facto de Francisco Pinto Balsemão
já ser atualmente membro do Conselho de Estado, a ligação que tem ao partido
enquanto militante número um e a estima que Passos tem pelo fundador do PSD são
argumentos que jogam a favor da indicação do seu nome para liderar a lista de
candidatos a representantes do Parlamento no Conselho de Estado. O certo é que
se não fosse desta forma Balsemão não integraria o próximo Conselho de Estado,
na quota do Presidente da República, caso o eleito seja Marcelo. A má relação
com Balsemão vem dos tempos do Expresso.
PSD cede um lugar ao CDS
Passos Coelho manifesta ainda
abertura para ceder um lugar ao CDS e esta será uma matéria a abordar hoje
mesmo num encontro com Paulo Portas.
Caso Passos Coelho tivesse optado por
integrar a lista, tudo apontava para que do lado do CDS pudesse vir a ser
também o próprio líder a integrar a mesma lista para a eleição dos cinco
membros do Conselho de Estado, que vai ser votada no dia 18 na Assembleia da
República.
Afastado este cenário, o mais certo
é Portas ficar de fora. E um dos nomes mais prováveis do lado dos centristas
para ser indicado na lista da Assembleia da República é o de António Lobo
Xavier.
Bagão Félix seria outro centrista
com perfil - mas o ex-ministro das Finanças e da Segurança Social integra a
atual composição do Conselho de Estado na quota dos nomes indicados pelo
Presidente da República, mantendo-se em funções até ao momento da saída de
Cavaco Silva (em março), pelo que não pode fazer parte da lista que será votada
pelo Parlamento. Adriano Moreira, Luís Queiró ou Nogueira de Brito são outros
‘senadores’ elegíveis.
Comentário:
É a diferença entre gente decente e os que se desunham para lá terem mais um lugar!
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