Aquele grupo parlamentar
engraçado constituído pelos senhores Galamba, Oliveira, as donas Catarina,
Apolónia, Marisa e as manas Mortágua, chefiado pelo cavalheiro Jerónimo e pelo
dr. António Costa, o chefe de governo, há-de julgar-se no “Paraíso”.
Teatralidade e retórica
não lhe falta. Alardearam sobre o aumento das pensões. A “direita” era
insensível; era necessário repor aquilo que andava a ser roubado aos
pensionistas, diziam antes de apoiarem esta espécie de “governo”. E Costa, no
seu pedestal de demagogo, reforçava essa teatralidade.
O que se sabe agora é que
as pensões em 2016 terão o aumento máximo do preço de dois cafés e um pastel de
nata – dois euros e meio! Para quê tanto alarde?
A proposta que o PS
apresentou para a extinção gradual da contribuição extraordinária de
solidariedade (CES) aplicada sobre as pensões vai ter o apoio do PSD e do CDS
porque o acordo à esquerda falhou!
Proposta que aliás é de
autoria da “direita” e recusada pelas esquerdas quando aquela a apresentou. Uma
questão de hipocrisia por parte do PS. E por parte das outras esquerdas porque
nunca existiu uma verdadeira coligação governamental (obrigatória nos países
europeus). O que sempre existiu foi uma verdadeira chafurdice fundamentada na
assinatura daquela papelada.
Mas no meio desta
chafurdice, a verdadeira pérola pertence à dona Catarina. Diz-nos esta senhora
no
debate
quinzenal, 16.12.2015: “O que conseguimos é uma redução da sobretaxa para 99,8
% dos contribuintes, sendo que 91% dos contribuintes vão pagar zero ou 1% da
sobretaxa. E isto sem aumentar a sobretaxa para ninguém e com o compromisso que
em 2017 não existirá sobretaxa para nenhum contribuinte".
A retórica da dona
Catarina engana os incautos, como Jerónimo anda a ser enganado por Costa.
De facto, a sobretaxa do
IRS de zero ou de 1% vai ser aplicada a 91% dos contribuintes. Mas importa
dizer à dona Catarina que “os cerca de 3,4 milhões de famílias com um
rendimento colectável até aos 7070 euros (68%) já não pagavam sobretaxa por
causa das regras de isenção da tributação do imposto, embora o Estado tenha
retido ao longo do ano de 2014 quase 86 milhões de euros a quem estava neste
escalão de rendimento, tendo este montante apenas sido devolvido na liquidação
final do imposto” (jornal Público, 18/12/XV).
Isto quer dizer que
acerca desta medida, as esquerdas têm muito pouco que alardear, porque no seu
consulado (vamos ver até quando dura), apenas conseguem isentar 23% de
portugueses. Os 68% foram isentados pela “direita” (como gostam de dizer).
É este o mundo
novo (da demagogia) defendido por estas esquerdas que agora nos
“governam”, expressão do gosto de Costa que a proferiu à exaustão, como o
fizeram leninistas e estalinistas depois de 1917, mas rachada a meio com
acutilância por George Orwell em 1984! Armando Palavras
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