Ao contrário do que disseram os comentadores do costume, o primeiro
debate entre Costa e Passos, jamais foi ganho por Costa. Felizmente que no de
hoje não houve comentador conhecido a dar o mote. E como não houve, os
portugueses tiveram a oportunidade de observar que os esclarecimentos vieram
apenas de uma parte (como já no primeiro debate havia acontecido) – da parte de
Passos.
Se neste debate Costa tivesse tido a prestação que teve Passos, os
comentadores teriam concluído um resultado de 20 a zero. Como aconteceu o
contrário, com sorriso amarelo, dando “uma no cravo outra na ferradura”, lá
foram dizendo que a “prestação de Passos foi melhor”. Só alguns se encorajaram
a dar-lhe a vitória. Outros, apesar de tudo, reconhecendo a prestação do
Primeiro-ministro, concluíram com linguagem hermética confundindo o povo!
Nós não olhamos estes debates com sentido de vitória ou derrota por parte
dos candidatos. Olhamo-los no sentido do esclarecimento das questões em debate.
Mas como essa gente os olha como um jogo de futebol, para eles fica dito: como
no primeiro, Passos ganhou por grande margem o segundo.
Havia muito a dizer deste (e do outro debate), mas por aqui ficamos, venha o resto, porque a austeridade está para ficar (pelo menos) duas décadas e o que importa é que as medidas executivas para a contornar sejam justas. O resto é coversa e fantasia.
Armando Palavras
Sem comentários:
Enviar um comentário