Em 1982 Portugal teve a honrosa visita do Papa
João Paulo II. Rondava a minha filha, os 5 anitos de idade. Com ela fui
assistir, no dia da chegada, à passagem de sua santidade na Avenida de Roma e
depois também ao Marques de Pombal. Já lá vão 33 e anos. Decorrido este lapso
outra visita papal surgiu agora, que não sendo em território nosso, por mais
que uma razão mexeu comigo, e pede a publicação de um post.
Trata-se da visita pastoral que sua santidade
o Papa Francisco acaba de fazer a Cuba, e se lá não estive para com milhares de
cubanos o saudar, nas deslocações que fez a Havana, Holguin e Santiago,
orgulho-me saber que aquela a quem levei a ver o beato João Paulo II, agora
repetisse o gesto indo mostrar ao filho de dois anos “o papa que vem de longe”.
Nesta visita pastoral a um país comunista, que
durante mais de meio século esteve, como que isolado do resto do mundo, com
graves consequências para os seus habitantes; esse isolamento começa agora por
desvanecer face à abertura de relações diplomáticas sobretudo com os Estados
Unidos, onde Igreja Católica teve forte influência.
Vai de vagar, porque o bloqueio a que Cuba
esteve sujeira durante tantos anos deixou mazelas que é preciso tratar e não
pode ser feito a correr como muitos gostariam, e certamente com forte razão.
Mas já muito se fez e por parte da família Castro, irá continuar a haver
abertura nesse sentido. É bom para Cuba e para todos os cubanos, gente boa,
culta e humilde. E muito cristã.
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