quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Da fonte onde bebi

Por: Costa Pereira - Portugal, minha terra.

Nada me desgosta mais que ler ou ouvir noticias jornalísticas que não respeitem o rigor da boa informação. Mas isso acontece, e por vezes em demasia, o que me leva a ficar sempre na dúvida se é verdade ou não aquilo que o autor quis transmitir. Vem isto a-propósito de uma transcrição que fiz online de jornal Publico de 12 de Junho de 2010, em que Adelino Gomes ao encerrar uma noticia sobre a então instituída Academia de Letras de Trás-os-Montes, informava: “Para já, a Academia ficará sediada em Bragança, até porque foi a autarquia a desenvolver a ideia e a dar o mote. Mas no futuro pretende-se incluir membros de toda a região de Trás-os-Montes”. Barroso da Fonte que neste particular é outro defensor e praticante do rigor histórico e noticioso, não demorou a vir pôr os pontos nos “ii”, e assim fazer luz onde uma noticia mal dada causou penumbra.


Tem a palavra, o ilustre barrosão:

Barroso da Fonte
Meu Caro J.A. Costa Pereira: Acabei de chegar de Barroso e vi no seu Blog e no Tempo Caminhado um texto seu, ilustrado com o mapa de Trás-os-Montes. Obviamente venho agradecer-lhe as referências pessoais. Este seu texto veio esclarecer uma situação que urge ser esclarecida. Refere-se essa imprecisão ao nascimento da Academia, em 2010. Escreveu-se nas primeiras noticias que saíram que a Academia, inicialmente, foi fundada apenas por escritores do distrito de Bragança, o que não foi verdade.
Eu próprio estive presente no acto notarial e fui o 5º subscritor. Aqueles que participaram com outorgantes, que eu lá vi a assinar o documento, foram: Adriano Moreira, Amadeu Ferreira, António Afonso, Regina Gouveia, Barroso da Fonte, Manuel Cardoso, Ernesto Rodrigues, Alfredo Cameirão, Virgílio do Rego...
A ordenação dos números deveria ser aquela que consta desse documento. E só depois seriam seriados, a seguir pela ordem de inscrição, o que não correspondeu ao que se passou. Eu, por exemplo, passei para 8º lugar, quando aquele que ficou com o nº 5, assinou a escritura em nono lugar.
Não foi transparente a atribuição do número de sócios. Mas o que aqui pretendo assinalar, para que conste, é que eu participei  na escritura e, como sabe, nasci no distrito de Vila Real. Por isso as primeiras notícias baralharam a opinião pública e mantenho comigo para comprovar uma gentilíssima carta- ofício nº 5275 de 16 de Junho de 2010, do Engº António Jorge Nunes, na qual me envia alguns outros elementos confirmativos.
Em lado algum eu vi ou ouvi que a Academia fosse apenas destinada a escritores do distrito de Bragança. O que se ouviu, leu e comentou no acto notarial é que a Academia pretendia congregar os autores Transmontanos...
Este seu judicioso artigo foi muito claro, bem escrito e deveria constar no blog da Academia, acrescido de um esclarecimento com as considerações que aqui lhe anexo .Um grato e sincero abraço do Barroso da Fonte”. 

– Ao prezado amigo o meu muito obrigado, e aos leitores do post intitulado Transmontanos de Basto, de 12-08-15, as minhas desculpas, pela falta de rigor informativo da noticia, mas culpa foi também da fonte onde bebi.

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