Nada me desgosta mais que ler ou ouvir noticias
jornalísticas que não respeitem o rigor da boa informação. Mas isso acontece, e
por vezes em demasia, o que me leva a ficar sempre na dúvida se é verdade ou
não aquilo que o autor quis transmitir. Vem isto a-propósito de uma transcrição
que fiz online de jornal Publico de 12 de Junho de 2010, em que Adelino Gomes
ao encerrar uma noticia sobre a então instituída Academia de Letras de
Trás-os-Montes, informava: “Para já, a
Academia ficará sediada em Bragança, até porque foi a autarquia a desenvolver a
ideia e a dar o mote. Mas no futuro pretende-se incluir membros de toda a
região de Trás-os-Montes”. Barroso da Fonte que neste particular é outro
defensor e praticante do rigor histórico e noticioso, não demorou a vir pôr os
pontos nos “ii”, e assim fazer luz onde uma noticia mal dada causou penumbra.
Tem a palavra, o ilustre
barrosão:
Barroso da Fonte |
“Meu Caro
J.A. Costa Pereira: Acabei de chegar de Barroso e vi no seu Blog e no Tempo
Caminhado um texto seu, ilustrado com o mapa de Trás-os-Montes. Obviamente
venho agradecer-lhe as referências pessoais. Este seu texto veio esclarecer uma
situação que urge ser esclarecida. Refere-se essa imprecisão ao nascimento
da Academia, em 2010. Escreveu-se nas primeiras noticias que saíram que a
Academia, inicialmente, foi fundada apenas por escritores do distrito de
Bragança, o que não foi verdade.
Eu
próprio estive presente no acto notarial e fui o 5º subscritor. Aqueles que
participaram com outorgantes, que eu lá vi a assinar o documento, foram:
Adriano Moreira, Amadeu Ferreira, António Afonso, Regina Gouveia, Barroso da
Fonte, Manuel Cardoso, Ernesto Rodrigues, Alfredo Cameirão, Virgílio do Rego...
A
ordenação dos números deveria ser aquela que consta desse documento. E só
depois seriam seriados, a seguir pela ordem de inscrição, o que não
correspondeu ao que se passou. Eu, por exemplo, passei para 8º lugar, quando
aquele que ficou com o nº 5, assinou a escritura em nono lugar.
Não
foi transparente a atribuição do número de sócios. Mas o que aqui pretendo
assinalar, para que conste, é que eu participei
na escritura e, como sabe, nasci no distrito de Vila Real. Por isso as
primeiras notícias baralharam a opinião pública e mantenho comigo para
comprovar uma gentilíssima carta- ofício nº 5275 de 16 de Junho de 2010, do
Engº António Jorge Nunes, na qual me envia alguns outros elementos
confirmativos.
Em
lado algum eu vi ou ouvi que a Academia fosse apenas destinada a escritores do
distrito de Bragança. O que se ouviu, leu e comentou no acto notarial é que a
Academia pretendia congregar os autores Transmontanos...
Este
seu judicioso artigo foi muito claro, bem escrito e deveria constar no blog da
Academia, acrescido de um esclarecimento com as considerações que aqui lhe
anexo .Um grato e sincero abraço do Barroso da Fonte”.
– Ao prezado amigo o meu muito obrigado, e aos leitores do post intitulado Transmontanos de Basto, de 12-08-15, as minhas desculpas, pela falta de rigor informativo da noticia, mas culpa foi também da fonte onde bebi.
– Ao prezado amigo o meu muito obrigado, e aos leitores do post intitulado Transmontanos de Basto, de 12-08-15, as minhas desculpas, pela falta de rigor informativo da noticia, mas culpa foi também da fonte onde bebi.
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