segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Livros de autores durienses - Diário de Guerra e Amanhã logo se vê

 DIÁRIO DE GUERRA DE PINA DE MORAIS


                João Pina de Morais (Valdigem, Lamego, 1889 – Foz do Douro, 1953) é um dos maiores escritores durienses, infelizmente pouco lembrado nos dias que correm, não obstante o seu livro de contos Sangue plebeu (1942) ser uma verdadeira obra-prima.
                Militar de carreira, integrou como jovem oficial do Regimento de Infantaria 13 o Corpo Expedicionário Português, que se bateu na Flandres, na I Grande Guerra. Dessa experiência resultou a redacção de um diário, em que vai aludindo ao que acontece nas trincheiras, mas que é simultaneamente uma ininterrupta declaração de amor à sua futura esposa, Lídia Monteiro (irmã do escritor Domingos Monteiro).
                Coube a João Luís Sequeira Rodrigues a tarefa de editar, com a chancela da Âncora Editora e sob o título de A quem encontrar este livro..., este documento que nos mostra, ainda mais do que os seus contos, a face humana do escritor.
                João Luís Sequeira Rodrigues, actual director do Espaço Miguel Torga, em S. Martinho de Anta, tem dedicado uma desvelada atenção à figura e obra de Pina de Morais, traduzida em obras como João Pina de Morais: Vida, pensamento e obraPina de Morais – Crónicas no Jornal de Notícias; e Viajar com... Pina de Morais.



VÍTOR NOGUEIRA: ROMANCE DE ESTREIA

                A obra poética de Vítor Nogueira tem conhecido uma recepção muito lisonjeira por parte da crítica, que saúda a excelente qualidade de livros como Senhor Gouveia (2006), Bagagem de mão (2007), Comércio tradicional (2008), Mar largo (2009), Quem diremos nós que viva (2010), Modo fácil de copiar uma cidade (2011) e Segunda voz (2014) — qualquer um deles solidamente estruturado em ordem a determinado tema, o que lhe confere uma consistência invulgar e constitui uma das imagens de marca da produção poética do autor.
                É agora a vez de Vítor Nogueira se estrear na ficção, com o romance Amanhã logo se vê (Averno, 2015). O autor constrói um romance sobre a inocência (no sentido ‘policial’ do termo) posta em causa pelas aparências, em dois tempos: primeiro, a inocência que demora a ser reconhecida; depois a inocência punida com a morte. Referências à emigração para o Brasil, à perseguição aos judeus na Alemanha nazi e à exploração do volfrâmio ajudam a dar densidade histórica à obra, cuja acção central decorre aliás nos nossos dias e na nossa região.
Fluência narrativa, linguagem cinematográfica (com abundante recurso à técnica do Leitmotiv), pendor reflexivo, escrita moderna e algum ácido humor são características que fazem deste romance uma leitura a recomendar.

Grémio Literário Vila-Realense
Câmara Municipal de Vila Real

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