segunda-feira, 22 de junho de 2015

Prova de Exame da disciplina de História e Cultura das Artes retira da obscuridade Elogio Fúnebre de Péricles, texto fundamental para o estudo da Democracia.



Os Gregos Antigos fundaram, na essência, a democracia moderna. Porque tudo dependia da vontade da maioria e não da vontade de poucos. Todos eram iguais no que dizia respeito às leis. E atribuíam a maior importância ao mérito. Não era a uma classe que eram atribuídos os cargos mais honrosos, mas ao individuo de mérito. A pobreza não era razão para que quem nessa condição obscura se encontrasse fosse impedido de prestar serviços à cidade desde que fosse capaz. E não era por isso, à custa de “leis” defeituosas (elaboradas apenas para alguns) impedido de prosperar.
Estas ideias estão expressas no Elogio Fúnebre de Péricles (Século V a.C.), relatado por Tucídides, na História da Guerra do Peloponeso. E estão expostas no Preambulo da Constituição Europeia. Foram agora, numa feliz ideia dos responsáveis do IAVE (Instituto de Avaliação educativa, IP), exibidas em texto de exame da disciplina de História e Cultura das Artes.
Durante uma geração, alguns iluminados responsáveis pela governação do país, obscureceram o estudo dos clássicos. Essa geração ficou carente de conhecimento.
A democracia portuguesa tem quatro décadas. Construiu-se com altos e baixos, mas com todas as dificuldades foi caminhando dentro dos princípios do Elogio Fúnebre. Em certos governos o mérito veio ao de cima, os pobres não deixaram de desempenhar funções com competência e os cidadãos foram tratados de igual forma perante a lei.
Foi preciso haver eleições em Fevereiro de 2005 para se deitar tudo a perder. Depois desta experiência traumática, da bênção do povo para que se faça justiça, o legislador deve legislar no sentido do Elogio Fúnebre.
Armando Palavras


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