quarta-feira, 27 de maio de 2015

Uma Vela por Palmira

Energúmeno destruindo obra de arte milenar

Sabemos hoje que a Civilização não ocorreu num único ponto do planeta. Foram vários os focos do seu desenvolvimento, como Riane Eisler no-lo diz no seu pequeno livro “O Cálice e a Espada”, ou arqueólogos como Gimbutas e Mellaart. Mas é certo que a Súméria foi um desses focos, como todo o Crescente Fértil, onde se situa Palmira, a cidade de Zenóbia, recentemente ocupada por uma multidão de energúmenos. O ISIS, organização bandida, não deixará em pé uma pedra de História, uma poeira neolítica que nos completa o conhecimento de antepassados nossos.
É aí, nesse Crescente Fértil, que ainda existem pequenos grupos étnicos como os Yazidis (cuja intervenção internacional impediu o seu extermínio), pela primeira vez trazidos ao conhecimento do grande público por Sir James Frazer no seu mítico livro “O Ramo de Ouro”, mais tarde rememorados no “Mito do Eterno Retorno” de Mircea Eliade.
É daí, desse Crescente Fértil, que partiram os “primeiros Gregos e Romanos”, que deram origem à Antiga Europa, a velha Europa judaica e cristã, aquela que hoje conhecemos. Palmira tem muito dessa Europa, por isso não é demais pedir uma vela por Palmira.
Armando Palavras

Actualizado em 30 de Maio de 2015

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