O autoproclamado Estado Islâmico
(EI) tomou o controlo total de Palmira na noite de quarta-feira, horas depois
de ter entrado na cidade. O exército de Assad bateu em retirada ainda durante a
tarde face aos avanços dos extremistas e posicionou-se nos arredores da cidade,
de onde, durante a madrugada desta quinta-feira, atacou com rockets e artilharia.
Palmira resistiu durante uma
semana à ofensiva dos jihadistas, que começou no dia 13 de Maio. Como aconteceu
ao longo da ofensiva, as atenções estão sobretudo centradas nos monumentos da cidade,
património mundial da UNESCO e uma das heranças arquitectónicas mais preciosas
e bem-preservadas do Médio Oriente. Espera-se agora que o Estado Islâmico
destrua grande parte dos monumentos de origem romana, grega e persa, alguns
deles com mais de 2000 anos, tal como o fez antes em Mosul, Hatra e Nimrud, no
Iraque.
Os jihadistas entraram pela primeira vez na cidade
durante a tarde de quarta-feira, pelo Norte, obrigando o exército do
regime a recuar e a ceder um terço de Palmira. Nessa altura, começaram a surgir
notícias de que o exército sírio estava a evacuar a cidade de cerca de 50 mil
habitantes, mais de 100 mil se for contabilizada a população nos subúrbios e os
refugiados vindos de Homs e Deir al-Zour, duas cidades que estão agora em risco
de se tornarem os próximos alvos do EI.
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