06 ABRIL 2014
VENENO nos MORANGOS
espanhóis
Por: Portugal Glorioso
Ainda se recordam, na
década de 70 do séc. passado, de um acidente numa
fábrica na Índia, em
Bopal, onde morreram milhares de pessoas por um mau
manuseamento na
produção do brometo de metilo para a American Cianamyd?
Ele aí está apesar de
proibido.
Quando comprarem
morangos, verifiquem sempre
a origem. Se forem
espanhóis…cuida-te das consequências na tua saúde e
dos teus. Será que os
morangos espanhóis cultivados em estufas são
comestíveis?
A resposta é
"NÃO"!
Se o único problema
destes morangos produzidos em estufas fosse a falta de
sabor, ainda nos
poderíamos dar por felizes. Infelizmente, estes morangos
apresentam outros
problemas bem mais graves, a começar pelo facto de o seu
cultivo cobrir cerca
de seis mil hectares, dos quais uma grande parte alastra já
ilegalmente pelo
parque nacional de Doñana, uma extraordinária reserva de
aves migradoras e
nidificadoras da Europa - embora o poder regional a isso
feche os olhos.
Para que estes
morangos cheguem aos mercados europeus, devem ser
transportados por
camião e percorrer milhares de quilómetros. Cerca de 16.000
camiões fazem os
percursos por ano. A uma média de dez toneladas por
veículo, esses
morangos valem o seu peso em CO2 e gases nocivos ao
ambiente e ao homem.
Mas os perigos desta agricultura não são só estes.
Sabe o leitor como é
que estes morangos espanhóis são cultivados?
O morangueiro é uma
planta vivaz que produz durante vários anos. Contudo,
os morangueiros
destinados a esta produção em estufa fora da época são
destruídos todos os
anos. Para dar morangos fora de época, as plantas
produzidas in vitro
são colocadas em frigoríficos no pino do Verão, a fim de
simular o Inverno, o
que activa a produção. No Outono, a terra arenosa é limpa
e esterilizada, e a microfauna
destruída por meio de bromometano (brometo de
metilo) e de
cloropicrina. O bromometano é um poderoso veneno proibido pelo
protocolo de Montreal
sobre os gases nocivos à camada de ozono. A
cloropicrina, composta
de cloro e de amoníaco, não é menos perigosa, pois
bloqueia os alvéolos
pulmonares. Os morangueiros são cultivados em terreno
coberto por plástico
preto e a irrigação inclui fertilizantes, pesticidas e
fungicidas. Quanto à
água de irrigação, provém de furos artesianos - dos quais
mais de metade já
foram instalados de modo ilegal.
Tudo isto está a
transformar esta parte da Andaluzia numa savana seca,
provocando assim o
êxodo das aves migradoras ( devido ao cheiro tóxico ) e a
extinção dos últimos
linces pardel, pois estes pequenos carnívoros (dos quais
somente uma trintena
deve subsistir ainda na região) alimentam-se de coelhos,
animais também em vias
de desaparecer. Por outro lado, para arranjar lugar
para os morangueiros,
já foram arrasados pelo menos 2.000 hectares de
floresta.
A produção e a
exportação destes morangos produzidos em Espanha começa
um pouco antes do fim
do Inverno e termina nos princípios do mês de Junho.
Os trabalhadores devem
nessa altura voltar às suas casas ou exilar-se algures
em Espanha. Se
contraíram doenças por causa dos produtos nocivos que
respiraram, têm o
direito de se tratar... à sua própria custa.
A maior parte dos
produtores destes morangos espanhóis utiliza mão-de-obra
marroquina,
trabalhadores sazonais ou clandestinos, mal pagos e alojados em
condições precárias.
Para se aquecerem à noite durante o Inverno, este
trabalhadores queimam
os resíduos dos plásticos que cobrem os
morangueiros!!! De
qualquer modo, todos os anos no fim da época desta
cultura, as cinco mil
toneladas de plásticos utilizados serão levadas pelo vento,
enterradas de qualquer
maneira e em qualquer sítio, ou queimadas no local...
Não será necessário
dizer que nesta região da Andaluzia, onde prospera esta
aberrante agricultura,
as doenças pulmonares e de pele estão em franca
progressão. Quem se
preocupa com isso? Ninguém!
Por que razão os meios
de comunicação não falam sobre o assunto? Mistérios
do que não é política
e economicamente correcto... Quando a região tiver sido
completamente
vandalizada e a produção se tiver tornado demasiado onerosa,
os produtores
transferirão tudo para Marrocos, país onde aliás já começaram a
instalar-se. Mais
tarde, irão provavelmente para a China... A população
europeia ainda em vida
encontrar-se-á doente ou no desemprego... mas feliz
por comprar produtos
baratos...
Que podemos fazer para
combater esta tendência?
Cada um de nós é livre
de agir em consciência e com conhecimento de causa:
comprar ou boicotar a
compra de qualquer artigo que não seja produzido em
conformidade com as
leis da natureza e/ou dos direitos humanos. Todos
podemos escolher fazer
um boicote pessoal. E se a maioria dos cidadãos
assim procedesse, os
grandes "tubarões" da economia seriam obrigados a
mudar os seus métodos,
sob pena de também eles porem em perigo a sua
própria
existência.
A escolha está nas
mãos de cada cidadão!
Enviado por Jorge Lage
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