Por: Costa Pereira
Não foi por
acaso que São João Paulo II escolheu o Dia de Nossa Senhora de Lourdes para
instituir o Dia Mundial do Doente, é de domínio publico que naquele Santuário
se tem dado curas miraculosas que a ciência em muitos casos não sabe explicar,
mas fé dos crentes atribui a Nossa Senhora. Eu também acredito e já por mais
que uma vez visitei a gruta de Santa Bernardete. Uma das vezes foi na companhia de D. Januário Torgal
Ferreira.
Mas voltando ao essencial da efeméride que a Igreja
celebra anualmente a 11 de Fevereiro, é importante ter em conta o convite que
Bento XVI na sua mensagem do Dia Mundial do Doente de 2913 fez às comunidades
católicas no sentido de “intensificarem o serviço da caridade, em particular
junto dos doentes, evocando o exemplo de Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)”.
Para cada ano, o Santo Padre publica uma mensagem com o tema comum e algumas
sugestões de reflexão sobre esta temática e as suas implicações na pastoral da
Igreja e na vida concreta dos fieis. Para este ano de 2015, a mensagem do Papa
Francisco centra-se na expressão “Sapientia cordis” (sabedoria do coração),
partindo da citação bíblica de Job 29, 15: “ Eu era os olhos do cego e servia
de pés para o coxo”. E abre assim: “ Queridos irmãos e irmãs: Por ocasião do
XXIII Dia Mundial do Doente, instituído por São João Paulo II, dirijo-me a
todos vós que carregais o peso da doença, encontrando-vos de varias maneiras
unidos à carne de Cristo sofredor, bem como a vós, profissionais e voluntários
no campo da saúde. O tema este ano convida-nos a meditar uma expressão do livro
de Job, e de o fazer na perspectiva da sapientia cordis, da sabedoria do
coração”. E prossegue: “1. Esta sabedoria não é um conhecimento teórico,
abstracto, fruto de raciocínios; antes, como a qualifica São Tiago na sua
Carta, é «pura (….), pacifica, indulgente, dócil, cheia de misericórdia e de
bons frutos, imparcial, sem hipocrisia». Temos assim que sabedoria do coração é
servir o irmão, em Jesus Cristo que no exemplo da Cruz abraça toda a humanidade
e de modo particular os enfermos de toda a espécie de doenças.
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