ABADIM
CHOROU A PASTORA
Há sempre uma Primavera,
Onde existe uma pastora...
De voz doce e sedutora,
Guia um rebanho bailando…
Qual mancha branca ondulando,
Há sempre uma flor que cresce,
Que o sol de mansinho aquece.
Onde existe uma pastora...
E é tão linda, a Primavera...
Quando existe uma pastora...
Pelas nuvens, a pastora escolhe o tempo
Nas cores de um arco-ires uma ribeira
Num bailado de cigana, uma montanha.
E é mais linda a Primavera...
Quando existe uma pastora...
Poema inédito de
Abílio Bastos, 1959
Nota: Eram duas pastoras, as irmãs,
Piedade e Celeste, que com outras
crianças pastoreavam o gado pelos montes.
Os avós,
Piedade e Celeste, que com outras
crianças pastoreavam o gado pelos montes.
Os avós,
Francisco e Joaquina donos
da Adega do
Carvoeiro, no Porto, chamaram as netas para
junto deles. As duas irmãs deixaram
Carvoeiro, no Porto, chamaram as netas para
junto deles. As duas irmãs deixaram
os montes de Abadim, em 1959. A falta da loira
beleza da Piedade deixou um vazio. Daí o poema
do Abílio. Passou a fazer
beleza da Piedade deixou um vazio. Daí o poema
do Abílio. Passou a fazer
petiscos para os ferroviários
da Estação da
Trindade que eram dos lados do Alto Douro e
Vale do Tua. Era na Travessa das
Trindade que eram dos lados do Alto Douro e
Vale do Tua. Era na Travessa das
Liceiras, do lado direito da rua Fernandes Tomás à Trindade, para quem
vem da rua do Bonjardim... Já nada existe e mesmo
vem da rua do Bonjardim... Já nada existe e mesmo
a Piedade partiu para sempre.
jorgelage@portugalmail.com
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