quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Planalto Central Angolano!

  
Por: Costa Pereira
1
Portugal, minha terra.
Com pena deixo por ver muito do que de belo e notável a cidade do Huambo e arredores tem para mostrar aos apreciadores das paisagens fortes do Continente Africano, o Morro do Moco que é o ponto mais alto de Angola, com 2.619m, e se encontra a sul do Londuimbale, está nessa conta. Também o Morro de Santo António do Bailundo, onde fica o Túmulo do rei Ekuikui, fiquei sem visitar; e o mesmo sucedeu em relação às Ruinas da Embala Grande; do Túnel subterrâneo, onde se abrigou o soba (chefe) Candumbo; a Ilha dos Amores, ou a Reserva Florestal do Kavongue, com os seus 39km2 de área, me passaram ao lado. É tudo muito grande, para se poder ver em tão pouco tempo. Do que vi, e só disso, dei conta em posts anteriores e, em homenagem à antiga Nova Lisboa, faço questão em realçar que de facto o Huambo com seus jardins e viveiros, sua zona florestal e seus campos de cultura floridos mostram a diversidade da flora local, onde sobressai as dálias que dizem, destas, existir ali mais de 500 variedades.
2
A tarde do dia 8 foi para dar uma volta pela cidade e ir ao supermercado onde no primeiro dia que cheguei ao Planalto Central as minhas madames se foram aviar. Depois, jantar e cama, que no dia seguinte, por volta das 06h00 há que avançar para o aeroporto.
3
Aqui o "dragão" Miguel com um vermelho-cinzento para tentar disfarçar, a deixar-se fotografar antes de se comprometer a nos ajudar a conduzir ao aeroporto na manhã cedinho da partida, dia 9. A porta é conhecida pois já por mais que uma vez a foquei.
4
Em frente, a residência de um graduado superior da Policia, parecendo que não, dá outra segurança aos vizinhos e habitantes de uma cidade em recuperação dos estragos de que uma guerra fraticida provocou. E claro, as consequências são a miséria e a desordem social! Todos conhecidos, os moradores formam uma família de vizinhos que se respeitam e protegem.
5
Chegou a manhã do dia 9, às 05h30 há que levantar tomar uma banhoca, um café caseiro e com a preciosa ajuda do Miguel arrancar para o aeroporto Albano Machado, que fica a cerca de uns 3,5km do centro da cidade, pertinho.
6
No aeroporto deu tempo para subir ao primeiro andar, e no restaurante tomar um cafezinho de máquina enquanto se aguardava que o avião da TAAG que vinha de Luanda chegasse e de regresso, por volta das 08h00 (07h00, portuguesas ), me transportasse à capital de Angola. Agora sim, foi o adeus definitivo a uma região cujo clima é muito semelhante ao do território continental português e por isso se tivesse de viver em Africa seria no Planalto Central Angolano! ´

Continua
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Dos comentários a este post, destaco:

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“Mais uma vez nos presenteou com uma série de lindas fotografias do "Planalto Central de Angola", a atual região do Huambo, outrora Sá da Bandeira. Muita gente de Mondim, viveu no passado nessa região. A família Pires ou melhor, o filho do senhor José Pires, que ainda tem a sua casa junto à Santa Casa de Misericórdia, viveu aí até ao 25 de Abril de 1974. Conta maravilhas dessa terra. Mas, há um Mondinense, que foi aí o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Sá da Bandeira. É assim: até 1949, o senhor Carlos Augusto Pinto Coelho de Mendonça - irmão do Eng.º Alfredo Mendonça, que até há poucos dias foi o Vice-Presidente da Câmara Muinicipal - foi o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Mondim de Basto. Em 1950 emigrou para Angola, para a cidade de Sá da Bandeira, onde o sogro possui-a grande fortuna.
Obviamente que foi trabalhar para os escritórios centrais da maior firma da cidade, de que era como disse proprietário, o seu sogro. A firma chamava-se:
Guimarães e Sobrinho, L.da. O bichinho dos Bombeiros, que tinha iniciado em Mondim, fez com que, com a ajuda da firma, criasse a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sá da Bandeira. Posso afirmar que a iniciativa, teve um êxito estrondoso na época. Homem disciplinado, fez da sua Corporação de Bombeiros, uma instituição do mais elevado mérito. A inauguração do quartel - cujas fotos eu aqui tenho, que ele me fez o favor de oferecer - teve a presença do Governador de Angola, que se deslocou de Luanda propositadamente, para presidir à inauguração. O senhor Comandante Carlos Mendonça, vive atualmente na cidade do Porto, mas como tem uma casa em Mondim, vem até cá quase todas as semanas. Mas, há mais: o seu filho mais velho, Eng.º Mendonça, é co-proprietário de uma série de empresas a laborar por toda a Angola, com destaque para a cidade de Lunda onde reside e tem os seus escritórios centrais. Como o seu Pai, é uma joia de pessoa. Está em Mondim, onde passa alguns dias de férias, três a quatro vezes por ano. Como vê meu caro amigo, a nossa terra está, esteve e vai continuar a estar ligada a Angola, através dessa região, que dizem ser muita linda: as terras do Huambo”.

A este comentário logo um outro comentador, muito atento respondeu:

Está enganado! Huambo não é a antiga Sá da Bandeira. Huambo é a antiga (para os portugueses) Nova Lisboa. E Nova Lisboa só conta como "antiga" para os portugueses que por abuso de autoridade e sem consultar o povo autóctone, resolveram "rebatizar" de Nova Lisboa. Os donos da terra nunca a reconheceram com esse falso nome. Eu vivi em Caluquembe, Distrito (atual Província) da Huila, estudei em "Nova Lisboa" e sei muito bem que o povo autóctone quando dizia " Ndenda ko Huambo", estava simplesmente a dizer: Vou para Nova Lisboa! A tal cidade das industrias do Venâncio Guimarães Sobrinho, especialmente a Moagem para onde o meu pai, senhor Luiz José Claro da Mota, transportou milhares de toneladas de milho a partir de Caluquembe, essa cidade, dizia eu, e a cidade do LUBANGO, a tal "antiga" Sá da Bandeira, a cidade do Espinha e Filhos e da Simpor, a cidade do "picadeiro", a rua das lojas de moda”.

Aos dois comentadores respondi:

Um abraço para ambos os comentadores. Errar é próprio do homem, mas nem isso aconteceu  foi apenas o confundir Lubango (Sá da Bandeira) com Huambo (Nova Lisboa) por isso vai de relatar o que sabe da capital da província do Huíla, como que sendo o Huambo, capital da província do mesmo nome. Mas o esclarecimento de Iordanes  Claro da Mota não é despropositado. Um bem haja para ambos. Da discussão nasce a luz”.



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