Por: Costa Pereira
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Portugal, minha terra. |
A tarde do dia 8 foi para dar uma volta pela cidade e ir ao supermercado
onde no primeiro dia que cheguei ao Planalto Central as minhas madames
se foram aviar. Depois, jantar e cama, que no dia seguinte, por volta das 06h00
há que avançar para o aeroporto.
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Aqui o "dragão" Miguel com um vermelho-cinzento para tentar
disfarçar, a deixar-se fotografar antes de se comprometer a nos ajudar a
conduzir ao aeroporto na manhã cedinho da partida, dia 9. A porta é conhecida
pois já por mais que uma vez a foquei.
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Em frente, a residência de um graduado superior da Policia, parecendo que
não, dá outra segurança aos vizinhos e habitantes de uma cidade em recuperação
dos estragos de que uma guerra fraticida provocou. E claro, as consequências
são a miséria e a desordem social! Todos conhecidos, os moradores formam uma
família de vizinhos que se respeitam e protegem.
Chegou a manhã do dia 9, às 05h30 há que levantar tomar uma banhoca, um
café caseiro e com a preciosa ajuda do Miguel arrancar para o aeroporto Albano
Machado, que fica a cerca de uns 3,5km do centro da cidade, pertinho.
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No aeroporto deu tempo para subir ao primeiro andar, e no restaurante tomar
um cafezinho de máquina enquanto se aguardava que o avião da TAAG que vinha de
Luanda chegasse e de regresso, por volta das 08h00 (07h00, portuguesas ), me
transportasse à capital de Angola. Agora sim, foi o adeus definitivo a uma região cujo clima é muito
semelhante ao do território continental português e por isso se tivesse de
viver em Africa seria no Planalto Central Angolano! ´
Continua
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Dos comentários a este
post, destaco:
“Mais uma vez nos presenteou com uma série de lindas
fotografias do "Planalto Central de Angola", a atual região do
Huambo, outrora Sá da Bandeira. Muita gente de Mondim, viveu no passado nessa
região. A família Pires ou melhor, o filho do senhor José Pires, que ainda tem
a sua casa junto à Santa Casa de Misericórdia, viveu aí até ao 25 de Abril de
1974. Conta maravilhas dessa terra. Mas, há um Mondinense, que foi aí o
Comandante dos Bombeiros Voluntários de Sá da Bandeira. É assim: até 1949, o
senhor Carlos Augusto Pinto Coelho de Mendonça - irmão do Eng.º Alfredo Mendonça,
que até há poucos dias foi o Vice-Presidente da Câmara Muinicipal - foi o
Comandante dos Bombeiros Voluntários de Mondim de Basto. Em 1950 emigrou para
Angola, para a cidade de Sá da Bandeira, onde o sogro possui-a grande fortuna.
Obviamente que foi trabalhar para os escritórios
centrais da maior firma da cidade, de que era como disse proprietário, o seu
sogro. A firma chamava-se:
Guimarães e Sobrinho, L.da. O bichinho dos Bombeiros,
que tinha iniciado em Mondim, fez com que, com a ajuda da firma, criasse a
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sá da Bandeira. Posso
afirmar que a iniciativa, teve um êxito estrondoso na época. Homem
disciplinado, fez da sua Corporação de Bombeiros, uma instituição do mais
elevado mérito. A inauguração do quartel - cujas fotos eu aqui tenho, que ele
me fez o favor de oferecer - teve a presença do Governador de Angola, que se
deslocou de Luanda propositadamente, para presidir à inauguração. O senhor
Comandante Carlos Mendonça, vive atualmente na cidade do Porto, mas como tem
uma casa em Mondim, vem até cá quase todas as semanas. Mas, há mais: o seu
filho mais velho, Eng.º Mendonça, é co-proprietário de uma série de empresas a
laborar por toda a Angola, com destaque para a cidade de Lunda onde reside e
tem os seus escritórios centrais. Como o seu Pai, é uma joia de pessoa. Está em
Mondim, onde passa alguns dias de férias, três a quatro vezes por ano. Como vê
meu caro amigo, a nossa terra está, esteve e vai continuar a estar ligada a
Angola, através dessa região, que dizem ser muita linda: as terras do Huambo”.
A este comentário logo um outro comentador, muito
atento respondeu:
“Está enganado! Huambo não é a antiga Sá da Bandeira. Huambo é a antiga
(para os portugueses) Nova Lisboa. E Nova Lisboa só conta como "antiga"
para os portugueses que por abuso de autoridade e sem consultar o povo
autóctone, resolveram "rebatizar" de Nova Lisboa. Os donos da terra
nunca a reconheceram com esse falso nome. Eu vivi em Caluquembe, Distrito
(atual Província) da Huila, estudei em "Nova Lisboa" e sei muito bem
que o povo autóctone quando dizia " Ndenda ko Huambo", estava
simplesmente a dizer: Vou para Nova Lisboa! A tal cidade das industrias do
Venâncio Guimarães Sobrinho, especialmente a Moagem para onde o meu pai, senhor
Luiz José Claro da Mota, transportou milhares de toneladas de milho a partir de
Caluquembe, essa cidade, dizia eu, e a cidade do LUBANGO, a tal
"antiga" Sá da Bandeira, a cidade do Espinha e Filhos e da Simpor, a
cidade do "picadeiro", a rua das lojas de moda”.
Aos dois comentadores respondi:
“Um abraço para ambos os comentadores. Errar é próprio do homem, mas nem
isso aconteceu foi apenas o confundir
Lubango (Sá da Bandeira) com Huambo (Nova Lisboa) por isso vai de relatar o que
sabe da capital da província do Huíla, como que sendo o Huambo, capital da
província do mesmo nome. Mas o esclarecimento de Iordanes Claro da Mota não é despropositado. Um bem
haja para ambos. Da discussão nasce a luz”.
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