A confusão que se estabeleceu no
concurso de professores só deixou perplexos os ignaros. Este Governo, em termos
de Educação, cometeu alguns erros (como é normal em qualquer governo), pelos
quais há-de pagar o preço respectivo, mas é esse o risco das escolhas: actuar
com justiça, ou sem ela.
1 – Deu continuidade às patetices
(práticas escabrosas) do governo de José Sócrates, cuja tutela estava nas mãos
da ex-ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues, recentemente condenada
pela justiça. Disparates como os “critérios de escola” (ou a tontaria dos sub critérios!), que favorecem os do
costume, porque arbitrários, alimentados pela invídia e por uma mentalidade
cacique oitocentista (ressalvem-se as excepções, que as há).
2 – Não corrigiu as patifarias
“legais” da anterior tutela.
Na actual trapalhada julga-se que
foram prejudicados cerca de 150 professores porque à classificação profissional, mais justa (universal) e
objectiva se impuseram os critérios arbitrários (corruptos). Mesmo que fosse
um, o erro devia ser corrigido. A tradição europeia de 2500 anos, dos princípios
universais de justiça, assim o entende e aconselha. Ninguém deve obter seja o
que for devido a uma injustiça, mesmo que não tenha culpa alguma. E ninguém
deve ser prejudicado por critérios arbitrários e mediocres que apenas favorecem
uns tantos em prejuízo de outros.
Neste aspecto, o Ministro da
Educação parece estar a agir bem, ao procurar corrigir o erro, como manda a
decência. Até porque um erro corrigido, deixa de ser erro.
Mas alguém pergunta, sobretudo os
comentadores do costume (que comentam o que não sabem), quantas vidas prejudicou (destruiu) Maria de Lurdes Rodrigues?
Ninguém.
Uma enormidade que ultrapassa em
muito os actuais 150 professores. E nenhuma foi ressaciada! Porque o interesse
particular (corrupto) se sobrepôs ao interesse geral; aos princípios
universais.
Diz-nos a História que nenhuma
sociedade prospera quando a arbitrariedade se impõe à justiça. E o exemplo de
excelência é o de Atenas. Prosperou e foi o “berço da Civilização Europeia”
enquanto Péricles governou. Depois dele, foi aquilo que alguns conhecem ...
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