quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Jorge Lage - Grupo de Mirandelenses promove almoço na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro em Lisboa

Foto de Eduardo Botelho (à esquerda) João Rocha, Carlos Cordeiro, Augusto Magalhães, e Eduardo Botelho; (à dreita) Jorge Lage, Jorge Golias, João Roger.

Jorge Lage
 1- Grupo de Mirandelenses promove almoço na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro em Lisboa  

Há quase sempre um mirandelense, pelo menos, na direcção da Casa de Trás-os-Montes e Alto douro em Lisboa. Na anterior Direcção tínhamos o Carlos Cordeiro e nesta, entre outros, o Eduardo Botelho. Entre os atributos, o Eduardo é um bom cozinheiro, vindo a calhar para o Grupo. Por felicidade, eu estava em Lisboa e apesar de a minha filha fazer anos, toda a família concordou que eu ia almoçar com os meus amigos e jantar com os do meu lar. Sobre as virtudes da mesa a literatura é imensa. Diz o dito: para comer e falar só custa começar. Isto para referir que um bom repasto tem que ter o condimento de uma boa conversa. Os mirandelenses, quando nos juntamos há as recordações para trazermos a terreiro. Cheguei uns minutos atrasados e já os aperitivos (azeitonas – não sei se eram do Poço do Azeite, alheira, queijo e salpicão) fluíam pelas gargantas empurrados por um bom tinto, para prepararem o lastro para a posta mirandesa, acompanhada com batatas a murro e couve refogada. Um manjar dos deuses. O grupo, com o Jorge Golias de anfitrião, era composto pelos já referidos, mais João Rocha, João Roger (filho do saudoso «Roger da Farmácia») e, para poder contar e conviver o Augusto Magalhães (com raízes maternas em Britiande – Lamego). O Eduardo como não gosta de ficar mal, a posta deu para comer, repetir e sobrar. O João Roger ofereceu a cada um uma garrafa de «THYRO», verde branco. Para a próxima temos de arregimentar mais uns quantos, a começar pelo Heitor, que até pode trazer um tinto agigantado do Cartaxo. É preciso arrastar para o grupo o Toninho Sousa (muito esquivo, nem que se peça ajuda ao Martinho da Pensão Praia) e o Luís Gonçalves (nem que se tenha de meter uma cunha à Teresinha). Atrás destes têm que vir mais, e umas violas para animar. O tempo voa e temos que o segurar nas asas da felicidade e nas nuvens do sonho. Para que conste o Eduardo ainda tirou umas fotos e ao remetê-las ao grupo, lembrou que «nem a Manca fazia as fotografias tão depressa, pois o Beija não lhe saía da roda (…). Depois vinha o Nestor (…) e entretanto o Arturinho descia a ladeira no seu Austin descapotável e faziam tanto barulho que as provas ficavam sempre tremidas». Outros tempos que alguns leitores ainda recordarão, a omnipresente figura da Manca, balde, máquina, cavalinho para sair o passarinho.


in: Notas de rodapé 112 - As outras rubricas serão publicadas em separado durante a semana.





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