Foto de Eduardo Botelho (à esquerda) João Rocha, Carlos Cordeiro, Augusto Magalhães, e Eduardo Botelho; (à dreita) Jorge Lage, Jorge Golias, João Roger. |
Jorge Lage |
1- Grupo
de Mirandelenses promove almoço na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro em
Lisboa
Há quase sempre um
mirandelense, pelo menos, na direcção da Casa de Trás-os-Montes e Alto douro em
Lisboa. Na anterior Direcção tínhamos o Carlos Cordeiro e nesta, entre outros,
o Eduardo Botelho. Entre os atributos, o Eduardo é um bom cozinheiro, vindo a
calhar para o Grupo. Por felicidade, eu estava em Lisboa e apesar de a minha
filha fazer anos, toda a família concordou que eu ia almoçar com os meus amigos
e jantar com os do meu lar. Sobre as virtudes da mesa a literatura é imensa.
Diz o dito: para comer e falar só custa
começar. Isto para referir que um bom repasto tem que ter o condimento de
uma boa conversa. Os mirandelenses, quando nos juntamos há as recordações para
trazermos a terreiro. Cheguei uns minutos atrasados e já os aperitivos
(azeitonas – não sei se eram do Poço do Azeite, alheira, queijo e salpicão)
fluíam pelas gargantas empurrados por um bom tinto, para prepararem o lastro
para a posta mirandesa, acompanhada com batatas a murro e couve refogada. Um
manjar dos deuses. O grupo, com o Jorge Golias de anfitrião, era composto pelos
já referidos, mais João Rocha, João Roger (filho do saudoso «Roger da
Farmácia») e, para poder contar e conviver o Augusto Magalhães (com raízes
maternas em Britiande – Lamego). O Eduardo como não gosta de ficar mal, a posta
deu para comer, repetir e sobrar. O João Roger ofereceu a cada um uma garrafa
de «THYRO», verde branco. Para a próxima temos de arregimentar mais uns
quantos, a começar pelo Heitor, que até pode trazer um tinto agigantado do
Cartaxo. É preciso arrastar para o grupo o Toninho Sousa (muito esquivo, nem
que se peça ajuda ao Martinho da Pensão Praia) e o Luís Gonçalves (nem que se
tenha de meter uma cunha à Teresinha). Atrás destes têm que vir mais, e umas
violas para animar. O tempo voa e temos que o segurar nas asas da felicidade e
nas nuvens do sonho. Para que conste o Eduardo ainda tirou umas fotos e ao
remetê-las ao grupo, lembrou que «nem a
Manca fazia as fotografias tão depressa, pois o Beija não lhe saía da roda (…).
Depois vinha o Nestor (…) e entretanto o Arturinho descia a ladeira no seu
Austin descapotável e faziam tanto barulho que as provas ficavam sempre
tremidas». Outros tempos que alguns leitores ainda recordarão, a
omnipresente figura da Manca, balde, máquina, cavalinho para sair o passarinho.
in: Notas de rodapé 112 - As outras rubricas serão publicadas em separado durante a semana.
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