Por: Costa Pereira
Portugal, minha terra. |
"Deus escreve direito, por linhas tortas", não haja duvida. Sem
mais aquele percalço de 2ª- feira, a minha estadia no Caimbambo perdia
qualidade no aspecto de conhecimentos da terra e da gente com quem ali privei
de perto desde 26 de Março a 1 de Abril de 2009. Também a Sra. Administradora
da AAA , e a instituição em si, ficou a ganhar com a ajuda que na 2ª e 3º-feira
obteve por parte a Drª Gisela, que só por isso adiou a partida para 4ª-feira,
"dia das mentiras".
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A respeito da origem etimológica do topónimo contaram-me que no morro que
serve de pano de fundo a este embondeiro, vizinho dos escritórios da AAA, viveu
em tempos remotos um famoso caçador chamado Bambo, que certo dia quando
regressava da caça caiu com gravidade e morreu. Então os nativos apressam-se a
informar: Cai(m) Bambo e morre.
Vagar tive também para me aventurar a mexer na máquina digital e sem
conhecimentos técnicos fazer o meu primeiro vídeo. É fácil para quem sabe, mas
para mim foi uma descoberta maior do que para Newton, a lei da
gravidade.
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Também aqui este jovem padeiro, com o cesto do pão à cabeça, me fez lembrar
os tempos que com a idade dele fazia o mesmo por terras de Celorico de Basto.
Ele por regra sempre com calor; eu, ao tempo, vitima do muito frio de Inverno e
do calor de Verão.
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Não há uma sem duas, nem duas sem três. Ou melhor dito: "Às três é de
vez!". Agora sim, possivelmente não voltarei a ver estas simpáticas
crianças que vão ser os homens de amanhã, e oxalá venham a ter mais sorte do
que os seus progenitores
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Eram 08h10 quando deixamos a vila que criada a 1 de Setembro de 1921, teve
por seu 1º administrador António Rodrigues que, vi algures, inicialmente se
instalou em Catengue, a 30km a Oeste da sede municipal Caimbambo. Se a viagem
fosse de Comboio, e ele como dantes circulasse, a distância entre Caimbambo e
Huambo rondaria os 262km. Por estrada andará, também, por aí. Já com a vila a
perder de vista, num derradeiro adeus, seguimos em direção do "morro da
vitória" ou "Irmãos gémeos" .
Pela sua fama a morro merece um foto tirada de mais perto
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Tudo ainda muito perto do ponto de partida, apenas 14 minutos foi quanto
demorou de Caimbambo a este lugar que como é obvio, jamais esquecerei. Não só
pela pedra que beija, mas também pela avaria do jipe...
Também aqui à entrada da Ganda, esta taberna me despertou curiosidade pelo
titulo que escolheu e tem na frontaria: Taberna dos Irmãos de Verdade.
O rio Catumbela continua cheio, e quando o seu caudal for bem aproveitado
Angola será ainda mais rica.
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Do Alto Catumbela também me não vou mais esquecer, aquela viagem em seco..,
num dia de trovoada, fica na memória. Mas foi providencial, como já disse.
Eram 10h00 estávamos na Baboera para deixar a província de Benguela e pelo
município de Tchindjenje - para os cubanos e russos - ou Quinjjenje -para os
portugueses e nativos- , entrar na província do Huambo.
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Esta linha de água que aqui atravessa a estrada não secou enquanto estive
em Caimbanbo, continua como atrativo turístico de Ucuma
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Paisagem entre Longonjo e o desvio do Bongo, onde estou desejoso de chegar
para ver a hora e a sementeira que deixamos a crescer.
Desvio para o Bongo, mas nesse dia seguiu-se em frente para na cidade
descarregar a trouxa e tomar um merecido banho de chuveiro que nem em todos os
sítios é fácil.
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Ás 12h04 eis-me chegadinho a esta bela praça da capital do Planalto Central
angolano, que após restaurada já dá um cheirinho ao que foi. Vale sempre alguma
coisa os maiorais do mando provincial ou municipal assentarem arraiais em certo
espaço, ao menos aí, não raro, as obras ganham formosura e prontidão....Que
diferença do que se passa, entre Caimbamdo e Huambo!--------------------------
Dos comentários destaco um de Hipólito Nóbrega que diz:
“Gostei muito dever fotografias de caimbambo, onde fiz a 4ª classe há
uns anos, estava na escola quando houve um acidente de moto que levou a vida de
um jovem com 20 anos mais ou menos, não me lembro da família em questão; o meu professor coxeava um bocado; colegas de
escola, lembro-me de uma de nome Adelaide Borges, e de uma Isabel, são os
únicos nomes que ainda recordo. Havia um senhor comerciante de nome Borges, pai
da Adelaide Borges; os meus pais trabalhavam numa fazenda de sisal dos Antunes
e Rosalis, ficava a uma distancia de 10 KMS; havia uma outra fazenda do mesmo
proprietário, onde havia um grande pomar da famosa laranja de caimbambo, gostava imenso de falar com a Maria Adelaide
Borges ou outros colegas dessa época, o meu numero de telefone é 964 059 902.
Muito obrigado por essas fotos de Caimbambo, Nova Lisboa e Huila”
Ao mesmo respondi:
“Tenho muita pena, mas como deve ter percebido eu fui a Caimbambo
casualmente na companhia de minha filha que durante algum tempo esteve em
Angola a trabalhar num projecto da UE. Não fiquei com os contactos de ninguém,
mas penso que o comerciante português que cito no post podia ser a pessoa ideal
para responder ao vosso desejo. Nada como experimentar. Muitas felicidades. Foi
para mim um prazer muito grande testemunhar a vossa visita a blog. Bem haja”.
Continua
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