segunda-feira, 7 de julho de 2014

Vasco Pulido Valente e as causas da pobreza


Comentário

Nem Rousseau, nem Marx acertaram nas causas da pobreza. A propriedade privada não causa pobreza, quanto muito, cria riqueza.
Uma das causas (talvez a principal) da pobreza está na promulgação das más leis. Nos tempos modernos, Edmund Burke aflorou o problema com algumas máximas. E Montesquieu dedicou-lhe (às leis) obra.
Desde sempre que o homem se guiou por regras de conduta que deram origem às leis. E desde sempre os bons governantes procuraram promulgar leis justas, ou seja,  com carácter universal.
Atente-se, por exemplo, em Hurukagina, rei de Lagash (Suméria – séc. XXIV a.C.) e Sólon, legislador grego, apenas para citarmos dois justos da Antiguidade. Ou mesmo Hammurabi (Babilónia – c. 1750 a. C.) ou Lipit-Ishtar (c. 1600 a.C.).
Todos tiveram em comum, quando promulgaram os seus códigos, a bondade e a verdade, a lei e a ordem, a justiça e a liberdade, a rectidão e a franqueza, a piedade e a compaixão.
As suas reformas foram breves, mas impressionaram de tal forma os seus contemporâneos e os antigos “historiadores” que perduraram no tempo, deixando sementes. Marco Aurélio seguiu-lhes os passos, assim como Augusto. Outros tantos, ao longo da História, beberam-lhes o suco, transformando-se em pequenos oásis, sempre intercalados pela ganância, pela perversidade e pelas governações medíocres.

São, pois, as más leis, a maior causa da pobreza, porque impedem o desenvolvimento do bem geral (do bem comum) e das pessoas de mérito, para protegerem os interesses de grupo.



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