Jorge Lage |
2-
Vespa do Castanheiro, a praga já chegou a Portugal – Infelizmente, já chegou a
praga, «Vespa do Castanheiro», ao nosso país e, nesta Primavera, foi
fotografada no seu estado larvar na região de Barcelos por técnicos dos
serviços agrários do Ministério da Agricultura e do Mar. Esta praga veio,
possivelmente, à boleia de algum viveirista, porque a comercialização de
árvores no espaço europeu é incontrolável e as doenças vão-se propagando nas
próprias árvores para plantação. Aliás, quase tudo, no que concerne às
fitopatologias (doenças das árvores e arbustos), parece vir da China ou
Oriente, como aconteceu há cerca de 200 anos com a «doença da tinta» do
castanheiro e, há uns vinte anos com o «cancro do castanheiro». Ainda não temos
as outras duas pragas dominadas e a «Vespa do castanheiro» ou «Vespa dos galhos
do castanheiro», com o nome universal «Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu», já
começou a causar estragos no souto lusitano. Tínhamos dito, em texto anterior,
que era responsável pela subida do preço da castanha na safra nacional de 2013,
porque foi a causadora da diminuição de produção em Itália e França, vindo
estes dois mercados a abastecerem-se no nosso país. Esta dendropatologia
apareceu no Japão em 1941 e foi referenciada, sucessivamente, na Coreia em
1961, na América do Norte (Geórgia) em 1974, na Itália em 2002, na França em
2005 e em 2013 na Espanha (Catalunha). Sendo assim, estamos em crer, que em
2015 se irá já fazer sentir alguma quebra na nossa produção, se o mal não for
atacado de uma forma eficaz, servindo-se, para tal, dos conhecimentos de
fitopatologistas europeus para combaterem esta nova praga.
3-
Poupar e educar para a sustentabilidade em Montalegre – Numa visita que fiz à
abertura Feira do Livro de Montalegre, num espaço amplo e agradável, entre os
vários projectos associativos e educacionais, chamou-me especial atenção um de
troca de livros escolares, promovido pela Biblioteca Municipal e sua Directora,
Gorete Afonso, para se evitarem gastos supérfluos. Mas, para além da criação de
bons hábitos na economia familiar, reutilizar manuais é uma boa prática de
educação para a sustentabilidade e qualidade de vida. Afinal, em países mais
ricos, como a Holanda, a compra de materiais em segunda mão é uma prática
estimulada e praticada pela população, passando os materiais escolares de uns
para outros (sem recibos doentios dos nossos políticos e mangas-de-alpaca). Um
meu amigo de colégio (e homónimo no apelido), pai de uma das alunas com quem
conversei, confessou-me que a filha, aluna do 1.º ciclo, lembra à mãe que não
precisa do que ela lhe quer comprar, dizendo: - óh mãe, eu não preciso disso,
tenho roupa suficiente! Pareceu-me que a Professora Lúcia, será responsável
pelo muito saber tradicional dos alunos e pela educação para a poupança, rejeitando
o que não lhes faz falta. Os Alunos do 1.º ciclo estavam motivados e
participativos, alavancas importantes da aprendizagem.
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