Jorge Lage |
3- Uns gaijos no Hotel Tocaio (Vila Real) – O luxuoso Hotel Tocaio de Vila Real, dos anos sessenta e setenta, era um local apetecido e requisitado para casamentos e refeições com gente distinta. Eu só lá devo ter entrado duas ou três vezes para tomar café, enquanto estudante no Colégio da Boavista. Sucede que para o casamento de um capitão do exército, daquelas paragens, foi convidado um pequeno grupo de militares e enquanto aguardava pela início da refeição, instalaram-se num recanto. A dada altura aparece junto ao grupo um bigodinho alto e enfarpelado à espera de alguma vénia ou graçola. Só que ao querer entrar com o pequeno grupo de militares referiu-se a «este gaijos». Um dos gaijos era o então Capitão Jaime Neves. Este, acto contínuo, levanta-se como uma mola, deita-lhe a mão ao casaco e ergue-o com uma só mão, perguntando-lhe quem eram os gaijos. Gago, pálido e espiritado de medo pediu desculpa e lá o deixou retirar-se. Há dias, outro Coronel Comando e amigo, que era um dos gaijos, disse-me que o herói trasmontano, Coronel Jaime Neves, «partiu com as contas da vida todas certas porque resolvia tudo na hora».
Jorge Lage – jorgelage@portugalmail.com
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31MAI2014
Provérbios ou ditos:
O
S. João é dos curas, o S. Pedro dos criados, Santa Isabel dos cucos, andam
todos abalados.
Até
ao S. Pedro tem o vinho medo.
Mulher,
cavalo, carro e cão, não se emprestam, nem se dão.
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