Morreu a ficcionista Nadine Gordimer, Nobel da Literatura
A escritora sul-africana Nadine Gordimer (1923-2014), prémio Nobel da Literatura em 1991 e uma das mais influentes vozes contra a segregação durante o regime do appartheid, morreu no domingo aos 90 anos. Um comunicado da família informa que a autora “morreu pacificamente” na sua casa de Joanesburgo, na presença dos seus filhos Oriane e Hugo.
Gordimer publicou dezenas de romances e livros de contos, muitos deles retratando a África do Sul durante o regime do appartheid. Em 1974, venceu o Booker Prize com The Conservationist (O Conservador, Asa), protagonizado pelo anti-herói Mehring, um sul-africano branco e rico que vai beneficiando dos privilégios que o regime lhe confere enquanto se debate com o crescente sentimento de que a sua vida carece de verdadeiro sentido.
Nadine Gordimer estreou-se como contista ainda nos anos 40 e publicou o seu primeiro romance, The Lying Days, em 1953. Quando recebeu o Nobel da Literatura, a Academia Sueca justificou a escolha afirmando que a “magnífica escrita épica” da romancista sul-africana trouxera “um grande benefício para a Humanidade”, uma expressão utilizada pelo próprio Alfred Nobel.
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